“Línguas para todos” terá continuidade e nível intermediário

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O projeto Línguas para todos, criado pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Sergipe (DCE/UFS), que tem por objetivo oferecer cursos de idiomas a preços acessíveis aos acadêmicos da UFS e também à comunidade, abrirá novas vagas a partir de agosto desse ano e pretende dar prosseguimento aos cursos em março de 2011 com o nível intermediário.

O projeto criado desde 2007, iniciou com apenas uma turma de 80 alunos para o curso básico de espanhol, com o apoio da Fundação Municipal do Trabalho (Fundat). Em 2008 o curso foi proibido porque a Universidade localiza-se na cidade de São Cristóvão, portanto a Fundat de Aracaju não pode oferecer esse apoio.

Em vista disso, em 2010 o DCE procurou alguns professores de língua estrangeira em cursinhos e também alunos formandos da UFS para ministrar aulas de inglês, espanhol, francês, alemão, grego e latim. Segundo Antonino, presidente do DCE, a expectativa era de 600 alunos, cada um pagando R$ 70,00 pelos seis meses de curso com material incluso, mas a procura foi bem maior.

Os alunos se interessaram tanto, que inclusive “a língua alemã foi sugerida por um aluno de filosofia e agora temos quatro turmas de 40 alunos”, explica. O curso de idiomas tem alunos da UFS, Unit, Fase e também Educação a Distância (EAD), formando um total de 1400 alunos em Aracaju e 400 em Itabaiana. Cada aluno teve a opção de se matricular em até dois cursos.

Estão formadas 19 turmas de inglês, seis de francês, seis de espanhol, quatro de alemão e o mais curioso, duas turmas de grego e latim, ministradas pelo ex-padre Farias, além da procura por mais duas turmas desse idioma no Campus Laranjeiras.

Os alunos estudam grego e latim na mesma turma, sendo 1 hora para cada idioma. O professor Farias, graduado em Letras Clássicas, afirma que a expectativa do curso “a princípio é resgatar o conhecimento das línguas maternas do nosso idioma. Diariamente utilizamos expressões de natureza grega ou latina, então porque dizer que o Latim é uma língua morta?”. Segundo Farias isso é um equívoco, por isso devemos abranger os conhecimentos da língua portuguesa através de sua natureza para obter uma base segura e consistente de onde veio e para onde vai nossa língua.

Farias preparou uma apostila em tópicos para as aulas, e sempre traz material complementar, além de manter contato com seus alunos por email sempre passando atividades. Disse ainda que suas aulas são associadas, pois algumas vezes “é preciso explicar o grego fazendo comparações e associações com o latim”.

“A maioria dos alunos são jovens”, enfatiza o professor. Conta ainda que utiliza textos e músicas para despertar o interesse dos estudantes. Fica mais fácil aprender principalmente as pronúncias do latim tradicional, eclesiástico e clássico com cânticos gregorianos e outros.

Conforme relata Antonino, o DCE tem “a intenção de abrir novas turmas do nível básico de inglês, francês e espanhol em agosto de 2010, e em março de 2011 continuar todos os cursos com o nível intermediário”. As aulas acontecem aos sábados pela manhã (das 9 às 11h) e pela tarde (das 14 às 16h). Ao final do curso os alunos receberão certificado de 60 horas emitido pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX).

Por Samara Menezes
(samaramenezes88@gmail.com)

Foto: 1. Antonino, presidente do DCE-UFS 2. Prof. Farias (Samara M./Contexto Online)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Contexto Online | by TNB ©2010