Católicos celebram a 26° edição do Dia Nacional da Juventude

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cerca de 3mil jovens católicos sergipanos comemoram o DNJ com misto de música e fé   

Dia ensolarado, ambiente verdejante e acolhedor, palco erguido e jovens de diversos grupos católicos de Sergipe rezando e louvando em meio ao canto dos pássaros.  Assim foi marcada a 26° edição do Dia Nacional da Juventude (DNJ) ocorrido no último domingo de outubro, 30, no Parque da Sementeira. Em outras localidades do país, as celebrações compartilharam do mesmo lema “Juventude e Protagonismo Feminino”, dando destaque à atuação da mulher na sociedade. Já sob a temática “Juventude e Missão” e o tema “Unidos no Amor de Cristo anunciamos vosso Reino”, Aracaju foi praticamente a única cidade a trabalhar o enfoque do DNJ de forma desigual. 
Jovens se pintaram para receber convidados
Celebração Eucarística, shows das bandas Forró Brasa Viva, Alowvadeira, apresentações artísticas, Genesis, som eletrônico do Dj Ângelus e missa com Dom José Palmeira Lessa e Dom Henrique fizeram parte da programação. Por ser de grande porte, o movimento acabou atraindo moradores da região e também daqueles que foram aproveitar o final de semana para visitar o parque. Comerciantes viram no evento uma boa oportunidade para alavancar as vendas. 
 Durante a celebração, muitos religiosos se amontoaram em frente ao palco e sentaram na grama sob um sol escaldante para escutar as palavras de Dom Henrique e do Arcebispo Dom José Palmeira Lessa que aconselhavam os jovens a seguir a vida baseada em Jesus Cristo, pois, segundo eles, é a partir dos princípios cristãos que o jovem irá indagar-se sobre o próprio sentido da juventude e de sua existência.
O estudante Luiz Gustavo Pereira, 16, afirmou ter sido motivado a participar do evento através de sua amiga Marília Eduarda, que há um ano reúne-se com o grupo católico Juventude Missionária para discutir temáticas como drogas, sexualidade, aborto, políticas, entre outras. “É a primeira vez que venho, e mesmo não fazendo parte de qualquer segmento católico, acho interessante esse momento, pois estimula a troca de experiências e idéias entre pessoas e do que aprendem nas igrejas”, disse o estudante.
Jovens sentados na grama para ouvir as palavras do bispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique

Juventude na Modernidade
O bispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique, disse que uma das características dos jovens modernos é falta de crítica.  Ele atribui a ausência do autoquestionamento às novas formas de relação social e distrações promovidas pelos aparelhos eletrônicos do mundo contemporâneo.  
Dom Henrique, bispo auxiliar de Aracaju.
 “As distrações atuais tornam o mundo em algo fictício, são espécies de poder que tiram do homem a capacidade e a sede que ele tem de se perguntar: Por que eu existo? Qual o sentido da minha vida? O que eu farei com o meu envelhecimento? Com o meu Alzheimer e com a minha diabetes? O que eu farei quando aquilo que tanto eu dava valor desaparecer? O que farei com a minha vida e com a minha morte? O mundo procura nos distrair dessas perguntas e, para mudar, devemos encará-las e não fugir delas como está acontecendo”, completou o bispo auxiliar.
De acordo com o presidente do setor Juventude da Arquidiocese de Aracaju, Anderson Menezes de Jesus, os jovens não possuem poder decisório na sociedade atual por falta de estabilidade financeira e por serem, muitas vezes, julgados por não medir as conseqüências dos atos. “Hoje, as empresas, as organizações, custam acreditar na juventude, no potencial dela, e no que ela tem para oferecer para o mundo. Isso ocorre geralmente por ela não ter condições econômicas para influenciar as decisões no mundo, e por ser caracterizada como inconseqüente”, explicou.

Educação
Arcebispo Dom José Palmeira Lessa.
Diversos setores sociais compartilham da idéia de que é por meio da educação que as próximas gerações terão estrutura para realizar avanços, seja na área econômica, científica ou tecnológica. Segundo o arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa, graves problemáticas como a prostituição, drogas, e outras condutas tidas como indisciplinadas poderiam ser combatidas com mais facilidade se na educação de base os professores dividissem o estudo científico com o religioso.  
“Quanto à educação do jovem, temos deixado muito a desejar. Por falta de Deus e dos ensinos religiosos na organização de ensino de base, cada vez mais veremos a violência, o álcool, a prostituição. Por isso, precisamos ter muita luz para se construir o homem do presente e do futuro. Os homens científicos dizem que vão resolver tudo com a ciência e não precisam de Deus, mas a ciência não explica tudo, pois inúmeras respostas só serão obtidas com base em Deus e em Jesus”, defendeu.              

Ser jovem


Professor de Ciências Sociais da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Ulisses Willy, explica o significado da juventude e do DNJ.   


 Mais informações sobre vários outros movimentos jovem aqui.

Repórter: Karina Garcia
Editor: Larissa Ferreira
Fotos: Karina Garcia

3 comentários:

Jô Tavares disse...

Adorei esta matéria!!! Sensacional!!! Praticamente me transportei para o evento!!!O texto também traz uma visão pluralizada do DNJ. Além disso,achei muito pertinente entrevistar um cientista social para explicar o que é ser jovem.

Ass: Jô Tavares
*Professora de Educação Física do Estado de Sergipe

Priscila de Melo disse...

Fui ao parque nesse dia para levar minhas filhas para brincar e realmente tinha muuuita gente no local, isso me impressionou e tb ao meu marido. Em relação à matéria, achei legal porque causou polêmica na minha casa. Minha mãe achou que Dom Henrique estava certo em criticar a falta dos porquês dos jovens, já eu acho o contrário. Penso que a juventude está mais crítica, e meu marido disse que tb concorda com o bispo daqui.

Maria das Graças disse...

As palavras de Dom José Palmeira Lessa caíram como canção aos ouvidos do pessoal da minha casa KKKK... Meus sogros já falavam que o ensino religioso tinha que ser matéria obrigratória e eu também concordo, mas não temos que deixar a ciência em segundo plano não, pelo contrário...

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