Professores apoiam energias sustentáveis em Sergipe

Inaugurado há pouco mais de um mês, o Parque Eólico da Barra dos Coqueiros marca o início da produção de energia limpa e ecologicamente correta no estado. Com um investimento total de R$ 125 milhões, o parque tem capacidade de produzir 34,5 MW, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com até 120 mil habitantes. A geração de energia limpa está presente também em outro projeto, ainda em debate, sobre a implantação de uma usina nuclear no estado.

Parque eólico marca produção de energia limpa e ecologicamente correta em Segipe       (foto: heskey)

Para o professor Milthon Serna Silva, do Departamento de Engenharia Elétrica da UFS, a construção do Parque Eólico é uma grande realização, pois do ponto de vista do impacto ambiental, a geração eólica junto com a solar são as mais limpas. Como ponto negativo, a geração de energia eólica apresenta a necessidade de utilizar grande espaço físico. Fato esse que é positivo na geração nuclear, que não requer grandes espaços.

Susana Lalic, do Departamento de Física da UFS    (foto: heskey)

Em relação energia nuclear,Sergipe está na disputa com Bahia,Pernambuco e Alagoas para a construção de uma usina .Estes estados foram definidos pela  Eletrobras Eletronuclear, porque se localizam na região do Rio São Francisco, cujas águas serão usadas para resfriar as turbinas. A doutora em física Susana Lalic, especialista no assunto, é a favor da instalação. Segunda ela, analisando a matriz energética brasileira, a energia nuclear representa o futuro. As usinas hidrelétricas estão em saturação, as térmicas (carvão e petróleo) poluem muito o ambiente, e outras formas como solar e biomassa ainda não têm eficiência para suprir a demanda de energia, avalia a pesquisadora. Porém, ela não omite possíveis riscos da energia nuclear. "Malefícios a gente viu há pouco, em Fukushima (no Japão), mas aqui a gente não vai ter Tsunami. Há sempre riscos de perder o controle de uma usina, mas nada como Chernobyl. As probabilidades de ocorrer algo parecido são extremamente baixas”.

Repórter: Victor França
Editor: Saullo d'Anunciação