O trabalho dos agentes de epidemia em combate à dengue

segunda-feira, 24 de maio de 2010

São 7h da manhã e o trabalho árduo de uma agente de endemia contra a dengue começa. Seu propósito é controlar e orientar a população, perante os riscos ocasionados pelo mosquito Aedes aegypti principal transmissor da dengue e da febre amarela.

Enfrentar um sol escaldante, dias chuvosos e muitas vezes animais domésticos (como é o caso dos cães), além de encarar a incompreensão de alguns moradores em relação as suas visitas, são algumas das dificuldades encontradas pelos agentes de saúde da realização de seu trabalho. Mas, em meio a uma rotina desgastante eles procuram durante todo dia conscientizar as pessoas, dando-lhes orientações de como evitar a proliferação das larvas do mosquito.
"Após o episódio ocorrido em 2008, onde o número de casos de dengue foram bem alarmantes, as pessoas passaram a ser mais cautelosas. Mas ainda existem cidadãos que não acreditam que aquela larva encontrada em recipientes com água parada na sua residência pode ser o do aedes”, afirma Tayse Cavalcante, coordenadora do grupo de combate a dengue no município de Aracaju.

O ciclo de visita do agente gira em torno de dois em dois meses. Nesse período cada agente inspeciona entre 800 a 900 imóveis, evitando assim o nascimento das larvas nos recipientes de água parada, através da aplicação do produto denominado larvicida, que possui duração de 90 dias e serve para matar as larvas do aedes.

Porém a contribuição da sociedade durante estes dias é extremante importante, trocando diariamente a água dos reservatórios e tapando buracos com areia ou cimento, prevenindo assim pequenos focos. “Visito esta comunidade há 4 anos e já sou bem familiarizada com os moradores. Muitos deles colaboram bastante com o nosso trabalho” relata Maria Alves agente de endemia do município de Lagarto.

Segundo a auxiliar administrativa do grupo de endemia no município de Lagarto Rosangela Oliveira, outro fator que tem aumentado constantemente são as questões do Disque-Denúncia. As pessoas passaram a alertar mais sobre focos existentes em terrenos baldios e piscinas que se encontram sem a presença do proprietário. Para fazer notificações de imóveis abandonados com focos do mosquito é só discar 156 - informações municipais - e pedir vistorias.

Por Adriana da Rosa

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