A luta dos trabalhadores sergipanos no dia 1º de maio

segunda-feira, 24 de maio de 2010

É comum ouvirmos expressões como “o trabalho dignifica o homem” ou “ o dicionário é o único lugar onde sucesso vem antes de trabalho”. No entanto, os trabalhadores nem sempre encontraram, ao longo da história, situações de trabalho tão dignificantes como as que temos hoje, previstas pela lei. As conquistas se deram ao longo de séculos, através de muitas lutas e reivindicações, que custaram em muitos casos, o preço de suas vidas.

Toma-se como exemplo, o primeiro de maio de 1886 em Chicago (EUA), que foi um dia de muita luta e repressão. Centenas de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho. Uma das principais exigências era a diminuição da jornada de trabalho de treze para oito horas. Devido a esta manifestação, o primeiro de maio foi escolhido como Dia Internacional do Trabalho.

No Brasil, as melhorias trabalhistas puderam ser observadas na Era Vargas, entre 1930 e 1950 onde se iniciou o processo de institucionalização dos direitos trabalhistas, individuais e coletivos. Cite-se, por exemplo, a criação da carteira de trabalho (1932), da Justiça do Trabalho (1946), do salário mínimo (1940) e do descanso semanal remunerado (1949).

Durante o governo de Getúlio Vargas também foi regulamentado o trabalho do menor, da mulher, o trabalho noturno e o direito à aposentadoria para os trabalhadores urbanos. Estes e outros direitos, garantidos inicialmente na constituição de 1934, foram reunidos em 1943 na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).

Todo ano, o primeiro de maio é comemorado em diversos pontos do Brasil pelas centrais sindicais do país. Este ano, por exemplo, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) de São Paulo reuniu cerca de 25 mil pessoas para celebrar o Dia do Trabalho com a proposta de valorizar a cultura e a integração de 20 países da América Latina, que representam cerca de 100 milhões de trabalhadores.

O evento contou com a participação especial do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, que homenageou os trabalhadores e ratificou a importância da luta desta categoria.

Em Sergipe, o primeiro de maio foi lembrado por militantes do Movimento Barricadas Abrem Caminhos no Bairro Santa Maria, zona sul de Aracaju. Os militantes se solidarizaram com a situação dos trabalhadores do bairro, que foram castigados pelas chuvas e, segundo eles, esquecidos pelo governo.

Além disso, os militantes se mostraram contra a criminalização dos Movimentos Sociais e da pobreza e manifestaram sua solidariedade na luta pela da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários. “O primeiro de maio é um dia de retrospectivas”, pontuou Joana Carvalho, militante do Movimento Barricadas Abrem Caminhos.

Por Mayana Macedo

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