
O Plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) aprovou no dia 7 de abril de 2009, por 69 votos a 18, o projeto de Lei 577/2008, de autoria do governador José Serra, que combate o fumo em locais fechados. Essa Lei foi motivada pelo princípio da proteção da saúde dos fumantes passivos, os que mais sofrem com a fumaça.
Muitas regiões brasileiras como Minas Gerais, Bahia, Pará, já aderiram a Lei, e o mesmo aconteceu com Sergipe. Em 4 de janeiro deste ano, o Presidente da Câmara Municipal de Aracaju, Emmanuel Nascimento, elaborou o projeto de Lei anti-fumo para o Estado, que recebeu sanção do Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo passivo é a terceira causa evitável de mortes no mundo, são quase 5 milhões de mortes. Estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que pelo menos sete indivíduos não-fumantes expostos involuntariamente à fumaça do tabaco morrem por dia no Brasil.
Doenças cardiovasculares, o câncer de pulmão, bexiga, mama e estômago são os principais problemas gerados pelo fumo passivo. Segundo dados de pesquisas internacionais, mulheres de fumantes têm cerca de 30 % a mais de risco de desenvolver algum tipo de câncer e os filhos correm cerca se quase 50% de chances de ter uma inflamação nos ouvidos e asma.
Lei anti-fumo em ação
Os lugares proibidos serão os ambientes de estudo, de trabalho, de esporte, de lazer, de culto religioso e de entretenimento, cinema, bares, boate, restaurantes, teatros, lanchonetes, boates, restaurantes e praças de alimentação, comerciais, magazines e shopping centers, repartições públicas e instituições de saúde,veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie, táxis e outros.
Os donos de bares e de estabelecimentos sem área aberta serão obrigados a separar espaços para servirem de fumódromos para fumantes. A punição para os estabelecimentos infratores que forem pegos pela polícia terá quatro etapas: na primeira, uma multa de R$ 792,50 será aplicada; na segunda infração, o valor da punição dobra (R$ 1.585,00); no terceiro flagrante, o funcionamento do local é suspenso por 48 horas; da quarta vez em diante, a suspensão será de um mês com multas que podem chegar a pouco mais de R$ 3 mil.
Aplicação da lei em Aracaju
Muitos bare

O problema dessa discrepância econômica situa-se no fato de que quem possui melhor condição financeira para freqüentar melhores bares e restaurantes estará longe de ser fumante passivo, e aqueles que têm condição inferior estarão vulneráveis ao fumo. Segundo o pré-universitário Igor Cruz, 20 anos, “quando chega o final do mês, que fico sem dinheiro, acabo freqüentando os bares mais esdrúxulos de Aracaju. Nesses locais, nada é proibido, principalmente o cigarro. E, como não fumo, acabo respirando a mesmo fumaça dos fumantes, fico sem ar, irritado, o pior é ver que não tem fiscalização”, relata.
De acordo com o site da Prefeitura, a coordenação da Covisa agiu no primeiro momento com promoções de campanhas educativas para informar sobre as determinações da nova lei. Depois desse período, a Covisa começou uma fiscalização mais efetiva nos estabelecimentos comerciais. Entretanto, indícios mostram a ineficácia dos órgãos fiscalizadores, deste modo, a melhor solução para problemática é deixar que a sociedade civil se encarregue de policiar as ações de fumantes.
Por: Karina Garcia
(karinagarciaufs@yahoo.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário