Em época de Copa do Mundo e com a proximidade dos festejos juninos, a comercialização de fogos de artifício tem um salto nas vendagens por todo o país. Em Aracaju a tradição também dá força a esse tipo de comércio e inúmeros pontos de venda aparecem com o intuito de aproveitar esse filão. Porém, por se tratar de um material inflamável e explosivo, os estabelecimentos precisam cumprir uma gama de normas de segurança para poder funcionar.
Uma das regras principais é o distanciamento entre a barraca e qualquer tipo de edificação. Até cinco barracas a distância mínima é de 60 metros. Quando o número ultrapassa esse valor a distância aumenta para 150 metros. Além disso, não é permitido que haja, na área interna da barraca, pontos de eletricidade e o uso de equipamentos eletrônicos, ou seja, televisões, aparelhos de som e até máquinas de cartão de crédito devem ficar na parte externa do estabelecimento.
A iluminação deve ser do tipo fria, como nas lâmpadas fluorescentes. As barracas ainda precisam ter extintores de incêndio e uma placa sobre a proibição de fumar no local. Com cumprimento de todas as regras de segurança, uma autorização de funcionamento é expedida pela Prefeitura de Aracaju, conferindo a legalidade do estabelecimento. O comércio de fogos de artifício é autorizado nos bairros Augusto Franco, Coroa do Meio e Siqueira Campos.
Apesar da autorização, ainda são feitas fiscalizações periódicas pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), em parceria com o Corpo de Bombeiros, para que a segurança dos pontos de comércio seja assegurada. “A vistoria atende a uma instrução normativa do Corpo de Bombeiros sobre as exigências e o sistema de proteção contra incêndio e pânico. Nosso objetivo é padronizar a instalação das barracas de fogos para garantir o bem-estar social”, explicou o tenente Nadson Couto.
Segundo a funcionária de uma das barracas de fogos localizadas na Coroa do Meio, Eliana Alves, 53, hoje todos os envolvidos com esse tipo de comércio já são conhecedores das normas. “Todo mundo aqui já está consciente das regras, pois elas existem há algum tempo. A cada ano aparece ma alguma, mas sabemos que temos que cumprir mesmo. Caso contrário, a fiscalização pode interditar a loja”, disse.
Eliana reconhece a importância das medidas que devem ser cumpridas. “Tudo é em prol da segurança, tanto dos clientes como para quem trabalha dentro da barraca e fica em contato com os fogos durante todo o expediente. Tenho até um pouco de medo disso”, declarou.
Na opinião de Tânia Almeida, 45, professora, o grau de perigo que o produto explosivo possui exige a criação de normas e a sua fiscalização. “Nesse tipo de comércio a questão da segurança é muito mais delicada, pois estamos tratando com vidas. Acho certo que os comerciantes cumpram regras e penso que o governo tem a obrigação de fazer a fiscalização”, disse.
Por Carol Correia
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