Atraso na obra da Rodovia João Bebe Água desagrada moradores

segunda-feira, 7 de junho de 2010




Os moradores do bairro Rosa Elze, localizado no município de São Cristovão, reclamam da lentidão na obra da Rodovia João Bebe Água e denunciam que a obra está atrasada a mais de um ano. Segundo informações do Departamento Estadual de Infra-estrutura Rodoviária de Sergipe (DER-SE), a obra era para ter sido entregue em abril de 2009, mas devido às chuvas e a problemas técnicos a duplicação acabou atrasando.

Outro fator apontado pela população da região é a falta de sinalização na rodovia. Os moradores assinalam que uma obra que custou mais de 7 milhões de reais deveria pelo menos ter uma sinalização que garantisse a segurança da população. “Nem placas e nem agentes de trânsito, o tráfego de veículos é organizado pelos próprios motoristas ou pelos funcionários da empreiteira que realiza a obra, isso facilita a ocorrência de acidentes no trecho. Além disso, muitas casas da região sofreram abalos em suas estruturas devido ao funcionamento das máquinas e tratores nas vias, minha casa foi uma delas”, denuncia o morador do bairro Rafael Gomes.

O diretor técnico do DER, Ancelmo Luiz Souza, reconhece o atraso da obra e diz que a duplicação já está em fase de finalização e que no final de junho ela será entregue. “Não há como fazer obra urbana sem transtornos. Então, reordenação do trânsito, poeira e lama, por exemplo, são alguns dos problemas que qualquer obra urbana pode enfrentar durante sua execução. Durante toda a duplicação da Rodovia João Bebe Água, o DER procurou aliviar os impactos e transtornos causados à população daquela localidade, de forma a garantir o mínimo de conforto aos moradores afetados”, esclarece Ancelmo Luiz Souza.

Sobre o processo indenizatório, Ancelmo esclarece que “até hoje ainda há processos de indenização na região, isso só reflete as etapas que qualquer construção urbana sofre ao ser executada. É preciso reconhecer que houve atrasos, problemas com as empresas contratantes, e processo burocráticos para liberação de terrenos, tudo isso influencia no prazo de cumprimento da obra”, acrecenta.

O proprietário de uma borracharia mecânica da região, Luis Manuel da Silva, salienta que a obra será um benefício para toda a população, mas a lentidão atrapalha o dia-a-dia de quem utiliza a rodovia tanto para ir ao trabalho, como para sair de casa. Segundo ele, o quadro reduzido de homens trabalhando é um dos principais motivos para os transtornos e atraso.



O taxista Rock Feliz, que trafega diariamente pela rodovia, declara que o atraso na obra é um desrespeito à população que vive na região. Ele denuncia que em muitos trechos a obra foi realizada mais de uma vez, o que reflete desorganização por parte da empresa executora da duplicação.



Para o morador do Conjunto Eduardo Gomes Júnior Pinto, é fato que a duplicação causou e ainda está causando contratempos para os usuários da via. “Realmente tive muitos problemas para sair de casa e chegar ao meu trabalho, porém penso que para se atingir o progresso é necessário fazer alguns sacrifícios, não podemos fazer um bolo sem quebrar os ovos”, salienta o morador.

Por Joanne Mota

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