A adoção sempre foi um tema cercado por delicadezas, polêmicas e comoção. Há, tanto por parte do adotante quanto do adotado, o desafio e o anseio de se construir um vínculo afetivo sem a existência do elo consangüíneo e genético. Segundo dados recentes anunciados pelo Juizado da Infância e da Juventude de Aracaju, o número de adoções intuitu personae – termo usado para definir os casos em que os próprios pais biológicos escolhem a pessoa que irá adotar o filho – aumentou em 200%. Este ano 17 crianças tiveram seus processos de adoção finalizados pelo método tradicional, enquanto que 81 ainda estão em andamento.
O procedimento para adoção é regulamentado juridicamente pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Legalmente, existem dois métodos: a casada ou direta e a realizada através do cadastro de adoção. O primeiro é feito através de um acordo entre os pais biológicos e os que pretendem adotar a criança. Já o segundo é feito através de cadastro e exige a deposição do poder familiar dos pais biológicos.
No estado de Sergipe, uma instituição atua justamente no auxílio aos envolvidos nesse tipo de procedimento, o Grupo de Apoio à Adoção de Sergipe (GAASE). Qualquer pessoa que tenha interesse no tema ou que lide diretamente com o universo da adoção pode participar das atividades da instituição, sejam pais adotivos, pretendentes à adoção, assistentes sociais, psicólogos, juízes, promotores, pedagogos ou aqueles que, mesmo não possuindo envolvimento direto, desejam oferecer suporte ao grupo.
De acordo com a instituição, “a expectativa é que nossas modestas ações possam contribuir com a realização dos sonhos dos pais adotantes e com os anseios, manifestos ou não, das crianças hoje em abrigos, onde esperam por uma família”. O GAASE procura apoiar, orientar e incentivar os processos de adoção através de palestras, encontros, oferecimento de suporte às crianças abrigadas e de apoio às famílias adotantes. No entanto, a organização não interfere diretamente nos processos de adoção.
Mais informações acerca do processo de adoção podem ser conseguidas no próprio site do GAASE.
Por Rafael Santos
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