Diminui à procura por Bibliotecas Públicas em Aracaju

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Silêncio, ambiente de estudo. Típica frase estampada nas paredes das bibliotecas vem sendo facilmente obedecida. Criada para tentar evitar conversas paralelas, e inibir eventuais barulhos, atualmente sua utilização parece desnecessária. Não que os usuários estejam reduzindo a conversação ou não fazendo mais barulho, mas sim por apresentar um fator muito mais problemático, a redução da freqüência de estudantes nesses ambientes de estudos. As três principais bibliotecas públicas do município de Aracaju constataram que nos últimos anos o número de seus visitantes tem diminuído.

Com tantos meios de pesquisas tecnológicas ágeis no ramo da internet, a procura por livros nas bibliotecas transformou-se algo bastante arcaico. Por não necessitar da locomoção para realizar consultas, a internet virou uma grande aliada no que diz respeito a ausência de estudantes nos desconfortáveis acervos e nas salas de leituras das Bibliotecas Públicas de Aracaju, que necessitam de uma recuperação na sua estrutura e principalmente nos seus locais de leitura. Na sua maioria, esses locais possuem um número de ventiladores reduzido e muito precário. Assim, o calor torna-se outro inimigo número um dos usuários, que precisam no mínimo de um pouco de conforto para realizar suas leituras.

Existem na capital aracajuana três grandes bibliotecas públicas a Ivone Menezes, a Clodomir Silva e a Biblioteca Estadual Epifânio Dórea. Para incentivar o acesso das pessoas nas bibliotecas, muitas delas elaboram alguns ideias. Como é o caso da Biblioteca Municipal Clodomir Silva que promove o projeto ‘’Hora do conto” todas as terças e quintas feiras das 14 às 17 horas. Além de possuir um espaço reservado para o cordel, que já teve a ilustre presença de Seu Zezé de Boquim um dos maiores cordelista de Sergipe.

Mas mesmo assim o público ainda continua pequeno. O fato é que as pessoas não imaginam a quantidade de riquezas que podem ser encontrada nas estantes de cada biblioteca, em cada acervo. A biblioteca Estadual Epifânio Dória, por exemplo, possui setores de grandes obras raras como é o caso de periódicos de 1920 e até uma Bíblia 1890.

Além da baixa freqüência, as bibliotecas sofrem com o descaso dos governantes que investem muito pouco nos patrimônios. Cada instituição recebe cerca de 1% do orçamento geral do Estado, muito pouco para suas necessidades. Sem falar que a catalogação dos títulos na maioria das Bibliotecas aqui citadas são feitas manualmente, não possuem sistema de digitalização, um trabalho demorado, complicado, e desgastante, não só para os funcionários mais também para as diversas obras guardada nos acervos.



Por Adriana da Rosa
(anotaaidricaveg@yahoo.com.br)









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