Pesquisa realizada com mais de 18 mil alunos, pais e mães, funcionários de escolas, diretores e professores em mais de 500 escolas públicas no Brasil revelou que 99,3% demonstram algum tipo de preconceito, seja ele étnico, com pessoas com deficiência, econômico, de gênero, etc. Os resultados desta pesquisa pioneira no País realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foram divulgados em junho de 2009. Assim que os dados foram divulgados, gerou uma grande repercussão nos meios de comunicação em todo o Brasil.
O que chama atenção na pesquisa `Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar´ é que todos os números foram bem altos mostrando que 99,3% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito e que mais de 80% gostariam de manter algum nível de distanciamento social de portadores de necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros. Quem mais sofre com a discriminação são as pessoas com deficiência (96,5%), principalmente mental, seguidas de negros e pardos (94,2%). Preconceitos com relação ao gênero, idade, principalmente os que têm acima de 60 anos, classe socioeconômica, orientação sexual e preconceito territorial também foram elevados.
A pesquisa mostrou também que pelo menos 10% dos alunos sabem de situações em que outros alunos, professores ou funcionários foram humilhados, agredidos ou acusados injustamente apenas por fazer parte de algum grupo social discriminado. Essas ações são conhecidas como bullying. O estudo mostra também que o preconceito não é isolado e que a própria sociedade é preconceituosa. O coordenador do trabalho, José Afonso Mazzon, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), disse, na época, que “a maior parte das pessoas tem de três a cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser preconceituoso é generalizado e preocupante. E a conjectura que podemos fazer é que o bullying gera um ambiente que não é propício ao aprendizado”, afirma Mazzon.
Os resultados da pesquisa estão sendo analisados e a meta do Ministério da Educação (MEC) é elaborar políticas educacionais voltadas para essas questões. O objetivo é transformar a escola em um ambiente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças e os dados obtidos servirão para embasar projetos que combata os preconceitos levados para a escola.
“O preconceito não é algo exclusivo das escolas, portanto os municípios têm que envolver os conselhos escolares, a comunidade local e as famílias, para melhorar o ambiente escolar. É possível pensarmos em cursos específicos para a equipe escolar. Mas são ações que demoram para ter resultados efetivos,” acredita o diretor de Estudos e Acompanhamento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Daniel Ximenez.
Por Elaine Mesoli
( elainemesoli@hotmail.com)
A pesquisa mostrou também que pelo menos 10% dos alunos sabem de situações em que outros alunos, professores ou funcionários foram humilhados, agredidos ou acusados injustamente apenas por fazer parte de algum grupo social discriminado. Essas ações são conhecidas como bullying. O estudo mostra também que o preconceito não é isolado e que a própria sociedade é preconceituosa. O coordenador do trabalho, José Afonso Mazzon, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), disse, na época, que “a maior parte das pessoas tem de três a cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser preconceituoso é generalizado e preocupante. E a conjectura que podemos fazer é que o bullying gera um ambiente que não é propício ao aprendizado”, afirma Mazzon.
Os resultados da pesquisa estão sendo analisados e a meta do Ministério da Educação (MEC) é elaborar políticas educacionais voltadas para essas questões. O objetivo é transformar a escola em um ambiente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças e os dados obtidos servirão para embasar projetos que combata os preconceitos levados para a escola.
“O preconceito não é algo exclusivo das escolas, portanto os municípios têm que envolver os conselhos escolares, a comunidade local e as famílias, para melhorar o ambiente escolar. É possível pensarmos em cursos específicos para a equipe escolar. Mas são ações que demoram para ter resultados efetivos,” acredita o diretor de Estudos e Acompanhamento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Daniel Ximenez.
Por Elaine Mesoli
( elainemesoli@hotmail.com)
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