O projeto é uma atividade extraclasse que permite que acadêmicos deixem, por um momento, a rotina da Universidade. Trata-se de uma programação a fim de romper com o conteúdo preso aos livros. O contato direto com outros espaços geográficos, com diferentes fontes históricas, socioculturais, serve de complemento para a aprendizagem teórica.
Foram realizados mais de quinze viagens, e os seguintes destinos contemplados são: Serra de Itabaiana, Serra da Miaba, Ponta dos Mangues, Cachoeira de Macambira, Quilombo do Mocambo, Aldeia dos Xocós e a Igreja da Natividade, em Sergipe; Mangue Seco, na Bahia; Piranhas, Penedo, Piaçabuçu e Foz do Rio São Francisco, em Alagoas e Caruaru em Pernambuco. Nessas viagens mais de setecentos estudantes dos cursos de graduação dos campus da UFS participaram do Trilhas.
O presidente do DCE/UFS e idealizador do projeto, Antonino Cardoso, disse que primeiro roteiro escolhido foi a Serra de Itabaiana com sessenta estudantes. “Fazíamos os ofícios para que a universidade cedesse o ônibus e a partir daí criávamos a demanda de vagas para os estudantes e funcionários da UFS. No início, em 2008, tínhamos o acompanhamento de professores de biologia, geografia e história, mas apenas como viajantes. Contudo em 2009 resolvemos fazer dos roteiros algo pedagógico, usando do conhecimento dos professores que viajavam juntos conosco”, ressalta Antonino.
A primeira dificuldade do projeto foi a aceitação dos alunos, já que na primeira expedição foram apenas escritos os diretores do DCE e o pessoal do Programa de Assistência Estudantil (PROEST). Porém na segunda edição, depois com o reconhecimento do projeto, tiveram a ideia de repetir um dos roteiros (Serra de Itabaiana), e dessa vez, a presença dos estudantes foi confirmada. Na terceira saída a disputa pelas poucas vagas do ônibus começou a ficar acirrada, pois o projeto estava mais estruturado e reconhecido. Ainda segundo o idealizador, a inovação foi um fator importante, “Inovamos com um mapa de roteiros, com pernoites em algumas cidades, para que pudéssemos conhecer mais de um lugar, dos dez roteiros realizados em 2009, quatro foram com pernoites”, acrescenta o presidente.
O número de vagas varia de acordo com o roteiro e o transporte disponibilizado pela universidade. O critério de seleção para o participante é ser calouro e nunca ter participado do projeto, se por acaso tiver vagas não preenchidas pelos novatos, os veteranos são selecionados. Para a estudante de enfermagem, Alinne Peixoto, que já foi para duas edições do protejo, a experiência é bastante válida, “a integração com outros alunos de outros cursos, a diversidade de roteiros e o custo da viagem, faz com que eu sempre ‘brigue’ por uma vaga”, descontrai a estudante. Para customizar os gatos, são feitas parcerias com os municípios visitados, alguns cedem almoço e alojamento, já alguns empresas doam camisas. “O custo das viagens para os participantes é muito baixo, pois fazemos os orçamentos das viagens, abatemos as ajudas das parcerias e o restante dos gastos é dividido pelo número de participantes”, esclarece Antonino. O roteiro do sertão pernambucano incluiu: transporte, três noites de hospedagem, alimentação e acesso aos museus e grutas, custou apenas R$ 40,00.
A sociedade não pode participar do projeto, apenas a comunidade acadêmica, os estudantes, professores e funcionários da universidade. No último roteiro ocorreu entre 29 de abril e 2 de maio de 2010, o destino foi o sertão pernambucano e teve inscritos 400 estudantes para 90 vagas disponíveis . A seleção para este roteiro foi 60% para os calouros e 40% para os veteranos e funcionários. Para o DCE o projeto Trilhas tem hoje na academia muita aceitação, e pode ser considerado um projeto de sucesso.
Por Eduardo Barreto
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