De acordo com a presidente da FUNESA (Fundação Estadual de Saúde), Dra Cláudia Menezes, a política nacional de saúde integral da população negra visa ‘discutir a situação da população negra e de comunidades quilombolas sergipanas com vistas à promoção da equidade em saúde’, explica.
Com relação ao atendimento e acesso à saúde, segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES, referentes ao mês de dezembro de 2009, 580 Equipes de Saúde da Família e 438 Equipes de Saúde Bucal atendem a comunidades remanescentes de quilombos em todo país. No estado de Sergipe são 19 equipes cadastradas, distribuídas em 11 municípios.
Hoje estima-se que existam cerca de 2.500 comunidades quilombolas no Brasil, das quais apenas 65 receberam título desde 1988. Se fizermos a conta, veremos que a média de titulação é de quatro comunidades por ano. Mantido este ritmo serão necessários 625 anos para titular todas as terras de quilombos do Brasil, ou seja, no ano de 2.631 a situação estaria resolvida.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2005 (PNAD) do IBGE, 71,5% da população de Sergipe se declararam de cor/raça parda e negra. Segundo dados do Instituto Nacional de Reforma Agrária - INCRA existem hoje 1.474 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas, divididas em 22 estados brasileiros.
Quilombo Maloca:

Também em 2007 surgiu o projeto da Secretaria de Turismo do Estado de Sergipe, que tem em vista transformar a comunidade em um ponto cultural, passagem obrigatória no roteiro turístico. Esse projeto de transformar a Maloca em ponto turístico é questionável, visto que para a realização dele seria necessário maiores investimentos na área para que houvesse o que mostrar para os turistas.
As dificuldades encontradas no Quilombo são várias, dentre elas o isolamento e discriminação. Para facilitar a relação entre os moradores da comunidade e o publico de fora, foi criada, pela própria comunidade em 1988, a ONG CRILIBER (Criança e Liberdade). Um dos objetivo da CRILIBER é combater a desigualdade social e o racismo, através de estímulos educacionais, técnicos e culturais através do apoio voluntários da comunidade e dos moradores vizinhos.

Por: Ivo Jeremias, Allana Andrade e Gauthier Berthélémy
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