TCE realiza exposição em homenagem ao artista J. Inácio

sexta-feira, 23 de julho de 2010



“Quem é J. Inácio?”. Esta foi a interrogação da sergipana de Nossa Senhora das Dores, Maria José dos Santos, que estava no Tribunal no momento da exposição. Ela salientou ter visto os quadros pouco antes do lançamento oficial da exposição, mas afirmou desconhecer a existência do artista.

“Muito interessante saber que existiu um sergipano do interior que ficou tão famoso e que fez tanto por nossa arte. O Tribunal deveria continuar fazendo isso com mais artistas. Quem sabe assim, conheceríamos mais sobre Sergipe”, enfatizou a visitante.

Maria José surpresa com os encantos de J. Inácio
Para o subsecretário de Patrimônio Histórico e Cultural de Sergipe, Luiz Alberto dos Santos, reconhecer o trabalho do grande artista plástico J. Inácio é uma ação mais do que positiva para qualquer cidadão sergipano. “O pincel de J. Inácio é dotado de um grande talento e Sergipe deve se orgulhar de saber que em sua terra há um artista desta amplitude. J. Inácio conseguiu se imortalizar através de sua arte e este legado Sergipe não deve perde de vista”, acrescentou ele.


Em discurso inaugural da exposição, localizada no Espaço Cultural Ministro Ayres de Britto, o conselheiro-presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE), Reinaldo Moura, diz ser uma honra iniciar as homenagens pelo centenário do artista. “Posso afirmar que simplicidade é um dos atributos que fizeram parte da vida deste grande artista sergipano. J. Inácio construiu seu espaço no hall dos grandes artistas deste estado. Seus quadros conseguem retratar mais do que arte, eles retratam com sentimento a alma sergipana, a nossa realidade”, acrescentou Reinaldo Moura.






Sobre o Artista

Segundo o historiador Luiz Antônio Barreto, J. Inácio foi andarilho, poeta e pintor. Um artista que com sua arte mantém viva o cotidiano de uma gente sensível, que produz as mais diversas manifestações culturais. Ele salienta que o diferencial desse grandioso artista é o modo como ele retrata as festas comemorativas da capital e interior do nosso estado, como o Natal, os Reisados e Cheganças, Guerreiros e Pastoris, Cacumbís e Taieiras, ou ainda as celebrações mais tradicionais, como o São João, Bacamarteiros e Batalhões, Sambas de Roda e Emboladores de Coco. Além do visual tropicalista e ecológico que J. Inácio deixou explicitado em seus quadros, ele também ampliou seu acervo, ilustrando livros e folhetos a bico de pena.

José Inácio de Oliveira, que também assinava com o pseudônimo de Igo, nasceu em 11 de junho de 1911, no povoado Bolandeira, localizado no município de Arauá, a 99 km da capital. Quando jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar na Escola de Belas Artes, de onde fugiu e retornou para Sergipe. Inácio ficou conhecido nacionalmente e esteve em plena atividade até os 96 anos de idade. Ele faleceu no dia 1 de agosto de 2007, deixando uma obra assinalada por um estilo único, cujas maiores fontes de inspiração estavam nas garças, bananeiras e casas de farinha.


Por Joanne Mota
Fonte das fotos: site Visite Aracaju

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Contexto Online | by TNB ©2010