Aumenta o número de afogamentos em Aracaju

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


Os casos de morte por afogamento em Aracaju
já superaram os do ano passado
Os dados são preocupantes. O número de mortes por afogamento em Aracaju já é superior aos casos  registrados em todo o ano passado. De acordo com o Sub-grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (Gmar), até outubro deste ano foram registradas nove mortes e os dados parciais do mês de novembro já apresentam uma vítima fatal de afogamento na Coroa do Meio. Com este último caso, o número de mortes já chegou ao dobro dos registrados no ano de 2009.

De acordo com o Tenente Gideon Oliveira, responsável pela seção de mergulho do corpo de Bombeiros, todo o trabalho de prevenção e orientação que foi realizado junto aos banhistas durante o ano passado, também foi feito este ano, de forma que, não há nenhuma explicação objetiva para o aumento das vítimas de afogamento. O Tenente ainda chama atenção para o caso dos jovens, que muitas vezes não seguem as orientações dos guarda-vidas, e acabam pondo em risco as suas próprias vidas.

Para garantir a segurança dos banhistas, os guarda-vidas
se concentram nas áreas de maior risco,
A questão do turista também é outro fator que preocupa o Gmar. Como o efetivo é reduzido, os guarda-vidas acabam se concentrando nas áreas de maior risco para os banhistas. Já os espaços desertos, como não oferecerem risco em potencial de acidentes, não são considerados pontos prioritários. Por falta de uma orientação adequada , o turista acaba se afastando dessas áreas maior atuação, se expondo assim aos riscos. Para evitar que acidentes dessa natureza aconteçam, o Corpo de Bombeiros pretende desenvolver um trabalho de conscientização junto aos hotéis, distribuindo panfletos e alertando os visitantes.




Outro problema que o Corpo de Bombeiros enfrenta, diz respeito à sinalização da praia, que se tornou precária por conta da ação de vândalos e de indivíduos que retiram a sinalização dos locais, desrespeitando o patrimônio público. “É um descaso com a segurança. Se eu tivesse efetivo pra colocar em toda a extensão da praia e se tivesse necessidade, a gente colocaria, mas o problema maior é a cultura da nossa sociedade. É mais um problema de conscientização cultural do que de segurança pública”, afirma o Tenente Gideon Oliveira. Ele revela também que, no início do ano, sessenta placas foram instaladas, e que hoje sobraram pouquíssimas.

Áreas de risco

Banhistas devem tomar cuidado com as áreas de risco
A Coroa do Meio possui a terceira praia mais perigosa da costa brasileira e é uma área constante de risco. Devido à constituição do terreno e aos rios que desembocam na região, as correntes são muito fortes e os valões acabam se deslocando com muita rapidez. Além desse risco permanente, existem aqueles que variam de acordo com a época do ano e com o fluxo da maré.

Segundo o Corpo de Bombeiros, neste verão as praias da Coroa do Meio e Atalaia possuem seis pontos de risco, sendo que dois deles estão localizados na altura dos Arcos, outros dois nas imediações da Coroa do Meio, um localizado na região onde fica a sede do Grupamento Marítimo e outro na altura da Passarela do Caranguejo. “São seis buracos, que estão tendendo a se unir. Do mês de novembro até o carnaval os valões podem se emendar dos Arcos até depois do posto dos Bombeiros”, alerta o Tenente Oliveira para o alto risco da região.

Repórter: Morgana Brota
Fotos: Morgana Brota
Editora: Monique Garcez

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