Os casos de morte por afogamento em Aracaju já superaram os do ano passado |
Os dados são preocupantes. O número de mortes por afogamento em Aracaju já é superior aos casos registrados em todo o ano passado. De acordo com o Sub-grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (Gmar), até outubro deste ano foram registradas nove mortes e os dados parciais do mês de novembro já apresentam uma vítima fatal de afogamento na Coroa do Meio. Com este último caso, o número de mortes já chegou ao dobro dos registrados no ano de 2009.
De acordo com o Tenente Gideon Oliveira, responsável pela seção de mergulho do corpo de Bombeiros, todo o trabalho de prevenção e orientação que foi realizado junto aos banhistas durante o ano passado, também foi feito este ano, de forma que, não há nenhuma explicação objetiva para o aumento das vítimas de afogamento. O Tenente ainda chama atenção para o caso dos jovens, que muitas vezes não seguem as orientações dos guarda-vidas, e acabam pondo em risco as suas próprias vidas.
Para garantir a segurança dos banhistas, os guarda-vidas se concentram nas áreas de maior risco, |
Outro problema que o Corpo de Bombeiros enfrenta, diz respeito à sinalização da praia, que se tornou precária por conta da ação de vândalos e de indivíduos que retiram a sinalização dos locais, desrespeitando o patrimônio público. “É um descaso com a segurança. Se eu tivesse efetivo pra colocar em toda a extensão da praia e se tivesse necessidade, a gente colocaria, mas o problema maior é a cultura da nossa sociedade. É mais um problema de conscientização cultural do que de segurança pública”, afirma o Tenente Gideon Oliveira. Ele revela também que, no início do ano, sessenta placas foram instaladas, e que hoje sobraram pouquíssimas.
Áreas de risco
Banhistas devem tomar cuidado com as áreas de risco |
Segundo o Corpo de Bombeiros, neste verão as praias da Coroa do Meio e Atalaia possuem seis pontos de risco, sendo que dois deles estão localizados na altura dos Arcos, outros dois nas imediações da Coroa do Meio, um localizado na região onde fica a sede do Grupamento Marítimo e outro na altura da Passarela do Caranguejo. “São seis buracos, que estão tendendo a se unir. Do mês de novembro até o carnaval os valões podem se emendar dos Arcos até depois do posto dos Bombeiros”, alerta o Tenente Oliveira para o alto risco da região.
Repórter: Morgana Brota
Fotos: Morgana Brota
Editora: Monique Garcez
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