Buracos que causam prejuízos a motoristas podem estar com os dias contados

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Reportagem e fotos por Adler Berbert

Edição por Eloy Vieira

Sejam nas estradas ou nas ruas das cidades, os buracos e a sinalização precária são constantes no cotidiano dos brasileiros. Às vezes, andar de carro torna-se um perigo ou até mesmo um prejuízo. Mas, quem pensa que esses problemas são exclusividades de quem roda muito pela cidade está enganado. Um simples passeio dentro da Universidade Federal de Sergipe prova o contrário.
Buracos tomam boa parte da rua em frente ao Colégio de Aplicação

“São tantos buracos que você precisa estar 100% atenta para desviar. Às vezes não dá nem para desviar e tem que passar com calma para não danificar a suspensão. E quem não conhece a UFS pode se perder por causa da falta de sinalização”, conta Francieli Silva, estudante de Odontologia. Já Rafael Fragassi, estudante de Engenharia Florestal, destaca a falta de infra-estrutura. “É um problema simples que pode gerar problemas mais sérios, como acidentes e quebra dos carros. Falta estrutura nessas horas para a universidade.”

Nessas armadilhas, vários componentes do veículo podem ser afetados provocando um sério prejuízo. “Quando um carro cai em um buraco, o aro pode entortar e o pneu rasgar. Em alguns casos pode também desalinhar a direção e a suspensão. O prejuízo pode variar entre R$ 150 e R$ 900 em modelos populares”, alerta Francisco Peixoto, mecânico há 22 anos.

Os prejuízos causados pelos buracos pode chegar a quase R$ 1000

Djalma Arruda, prefeito do Campus



Mas todo esse problema está com os dias contados, pelo menos é o que prometem as autoridades responsáveis. “Essa semana começaremos uma operação tapa-buracos, pois a universidade já licitou um anel viário para toda o campus, além de uma ampliação e de uma recuperação dos estacionamentos. A sinalização também será renovada. Toda a obra deverá durar pelo menos um ano”, explica Djalma Arruda, prefeito do Campus, que ainda salienta: “A vida útil do asfalto já esgotou, são mais de 30 anos com o mesmo”.



Asfalto desgastado há mais de 30 anos


Na verdade, o anel viário está inserido no plano de expansão da UFS. Ele conta com  R$ 204 milhões em investimentos nos campi, apesar disto, o projeto demora a ser executado, como alega Jorge Antônio, assessor do reitor. “Não se trata de falta de investimento federal, mas sim da dificuldade de se conseguir a licitação das obras”, conta. A reforma da malha viária da universidade está orçada em  mais de R$ 8 milhões. Até que as obras saiam do papel, confira as dicas para não cair nas armadilhas dos buracos.

Arte: Eloy Vieira

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