Edição por Eloy Vieira
Que o jovem está cada vez mais integrado com o ambiente digital, todo mundo já sabe. Ele vive conectado com o universo virtual, seja pelo computador, celular, videogame ou mesmo a televisão. E isso tira o sono de muitos pais. Alguns crêem que estas tecnologias estão aí para contribuir de forma negativa para a formação de seus filhos. É fato que, se utilizada de maneira incorreta, pode ocasionar sim, grandes prejuízos. No entanto, se usada de maneira responsável e perspicaz pode trazer benefícios valiosos, não só para quem faz uso, mas para toda uma comunidade.
É exatamente com esta perspectiva de que educação e tecnologia são grandes parceiras que os atuais educadores já aplicam as tecnologias de informação nas salas de aula com crianças e adolescentes através de projetos e parcerias. No Brasil, projetos como o Kidlink, Minha Terra, Tonomundo e UCA (Um Computador por Aluno) vem ganhando destaque quando o assunto é o uso de tecnologias como ferramentas potencializadoras no processo de ensino-aprendizagem.
Alunos do Colégio de Aplicação recebem seus netbooks. Foto: Nara Barreto - Ascom UFS |
Em Sergipe, o projeto UCA tem mostrado seu potencial na capital e no interior. A ação, que tem por objetivo de desenvolver a capacidade criativa dos alunos através do uso de tecnologias de baixo custo (como os netbooks), foi inicialmente desenvolvida por acadêmicos do Laboratório de Mídia do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT) e aplicada com sucesso em alguns estados do Brasil pelo governo federal.
Nemésio Silva, atual diretor do Codap. Foto: Infonet |
De acordo com Nemésio Silva, diretor do Colégio de Aplicação (Codap), o projeto, implantado em agosto na instituição, tem sido de grande valia para os alunos. “Com os netbooks disponibilizados, os alunos podem produzir trabalhos passados pelos professores, realizar pesquisas, além de desenvolver habilidades que sem a ajuda dos computadores nunca saberiam que teriam”, afirma.
Arquivo Infonet |
Para o diretor, a inclusão da tecnologia na educação é fundamental. No entanto, é necessária a capacitação de professores e alunos por meio de um projeto pedagógico direcionado à correta utilização desta tecnologia por ambas as partes. “Não adianta oferecer a ferramenta e não ensinar como usá-la de forma a se aproveitar todo o potencial que ela possa proporcionar”, diz.
Segundo Maria Luiza Belloni, pesquisadora da área de Mídia-Educação e autora do livro “O que é mídia-educação”, a escola cada vez mais tem a função de agregar tecnologia e aprendizagem. “A escola deve integrar as tecnologias de informação porque elas já estão presentes em todas as esferas da vida social, cabendo especialmente a escola pública, atuar no sentido de compensar as terríveis desigualdades sociais e regionais que o acesso desigual a estas máquinas está gerando”.
Da soma entre tecnologia e educação, nascem grandes oportunidades. Oportunidade de combater as desigualdades, de melhorar a educação, de mudar o futuro de crianças e adolescentes sem perspectiva de vida. O caminho é longo e difícil. Mas é por ele que se pode chegar a uma educação de qualidade e, quem sabe, um país melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário