Obras da UFS podem trazer prejuízos aos alunos

sábado, 18 de dezembro de 2010

Comerciantes que atuam na UFS se sentem
ameaçados pelas obras. Fonte: José Leidivaldo
A Universidade Federal de Sergipe atualmente investe mais de 200 milhões em obras nos três campi existentes e no futuro campus de Lagarto. Entre as obras estão a construção de 3 espaços de comercialização de lanches rápidos e de copiadoras no campus de São Cristóvão. Orçada em exatos 269.885,41 e com prazo de 120 dias para entrega, as obras foram licitadas pelo Departamento de Obras e Fiscalização da UFS.

Com a construção desses novos pontos comerciais, os já existentes terão duas opções: ou concorrer à licitação pública que acontecerá em breve ou deixar de comercializar seus produtos. Atualmente a UFS conta com seis pontos de comércio de lanches espalhados pelo campus. Há também outros seis locais de fotocopiadoras distribuídas nos prédios da instituição. Todos eles são privados.

Hoje esses comerciantes pagam à UFS uma taxa que varia de 300 a 1.700 reais para utilizar o espaço do campus. Alguns deles já existem há cerca de 30 anos, outros são mais recentes. Somados geram cerca de 30 empregos diretos. Para João Valério do Nascimento, que trabalha em um dos trailers, essa mudança acarretará prejuízos, pois os pequenos comerciantes não terão como concorrer com grandes empresas. “E quem vai pagar o preço é o aluno, já que o preço dessas empresas são maiores do que os nossos”, explica o vendedor.

No caso das copiadoras o temor é de que se crie um monopólio de grandes empresas do ramo. Para Francisco de Assis, dono de um ponto de copiadora, isso gerará prejuízos tanto para os donos quanto para os alunos. “Se apenas uma empresa ganhar a licitação, ela vai colocar o preço que quiser porque só ela poderá tirar cópias dentro do campus”, avalia Francisco.
UFS investe mais de 250 milhões em obras.
Fonte: José Leidivaldo.


Segundo o diretor do Departamento de Obras e Fiscalização, Ubirajara da Silva Santos, para executar uma obra na UFS, várias etapas devem ser seguidas. “Vão desde a elaboração dom projeto básico, a abertura de edital para elaboração do projeto executivo até a licitação para a construção da obra em si”, explica diretor. Segundo a assessoria da Prefeitura do Campus, essas obras são decorrentes do crescente número de estudantes que anualmente ingressam na instituição. Também é uma forma de modernizar e ampliar os locais de vivência e comércio da UFS. “Com o processo de expansão veio uma demanda muito grande de lanchonetes e copiadoras”, diz o Prefeito do Campus Djalma de Arruda Câmara.

O estudante de Medicina Wellington Santana teme que o processo de mudança de estabelecimentos comerciais gere um monopólio e que onere o estudante e cause transtornos. “Se tiver mais locais comercias, mas, em compensação, aumentar o preço, não adianta nada”, avalia. Segundo Wellington, a universidade deve se preocupar com os prejuízos que isso poderá trazer aos estudantes.

Repórter: José Leidivaldo

Editor: Ethiene Fonseca

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