Twitter conquista espaço entre os jornalistas sergipanos

terça-feira, 31 de maio de 2011

Foto: Blog Midia8
Aliados ao Twitter, jornalistas sergipanos aderem cada vez mais à plataforma de rede social que disponibiliza uma forma a mais de divulgação de matérias, furos jornalísticos e utilidade pública. Apesar de ter surgido em 2006 nos Estados Unidos, popularizou-se somente a partir de 2010 no estado de Sergipe. 

O primeiro portal de notícias sergipano que aderiu ao microblogging foi o EmSergipe.com, em 2009. O gerente de conteúdo do portal, Fredson Navarro, conta que o Emsergipe começou timidamente na rede com pouco mais de 10 seguidores e que o estouro veio somente no ano de 2010. “O ano de 2010 foi o auge do Twitter em Sergipe, pois era ano eleitoral, todos os políticos fizeram campanha nele e muitos jornalistas começaram a utilizá-lo”, declara Fredson Navarro. Além do Emsergipe.com, outros portais jornalísticos e jornais locais possuem perfil no Twitter (@CINFORM, @Portal_JC, @clicksergipe, @portalpolitico, @Senoticias, @portal_infonet, entre outros).

Além de divulgar notícias, através de links automáticos que são gerados quando a matéria é postada, os jornalistas utilizam a ferramenta para a coleta de dados. Hoje em dia, o cidadão não precisa mais ligar para um jornal para avisar sobre um acidente, um assalto ou um assassinato, pois em  questões de segundos o cidadão pode tuitar o fato no microblogging através de computador ou até mesmo de dispositivos móveis, como celulares e smartphones.

Douglas Magalhães, jornalista
Foto: Tatianne Melo

O jornalista Douglas Magalhães, que trabalhou por 25 anos na TV Atalaia, relata que o Twitter modificou sua rotina. “Inicialmente, para mim o Twitter era um hobby. Mas logo eu vi que ele era uma ferramenta ativa e que eu poderia utilizá-lo para captar e transmitir notícias. Sempre sonhei com isso, um programa de computador que facilitaria a troca de informações entre as pessoas.”

Imediatismo e instantaneidade

Quando falamos em “furo jornalístico” no Twitter, Douglas Magalhães é campeão. O jornalista divulgou recentemente as fotos do ensaio sensual no Museu Palácio Olímpio Campos do poeta Araripe Coutinho e deu em primeira mão a morte de Floro Calheiros. “Pela madrugada eu já sabia que a polícia estava atrás de Floro em Tocantins. Mas a confirmação da morte dele veio por volta das 9h da manhã, após a ratificação espalhei a notícia na rede.”

Entretanto, por causa do imediatismo e da instantaneidade - duas características fortes do Twitter - a apuração muitas vezes fica de lado na hora de divulgar informações e conseguir um furo jornalístico, o que faz aumentar os índices de barrigadas. Douglas Magalhães confessa que já cometeu erros na rede. “No cárcere privado de Cristielane Caetano, faltando alguns minutos para ela ser libertada, uma jornalista tuitou para outro jornalista como uma forma de brincadeira que o cárcere tinha terminado, porém eu interpretei aquilo como verdadeiro e retuitei e repassei a informação. Foi um erro meu, admito isso”. 

Fredson Navarro, gerente de conteúdo no EmSergipe.com
Foto: Tatianne Melo
No Twitter existem muitos perfis falsos, os chamados fakes, e se a informação não for devidamente checada pode iludir o jornalista. “O lado negativo do Twitter é seguir, confiar em informações de pessoas que não têm credibilidade. Temos que fazer uma seleção de usuários que merecem credibilidade. Pois várias pessoas criam fakes só para causar confusão”, afirma Fredson Navarro. 

Outra particularidade marcante do Twitter é a utilidade pública que ele proporciona em diversas ocasiões no Brasil e mundo, como no terremoto do Haiti, na catástrofe do Japão e nas chuvas da região Serrana do Rio de Janeiro. Em Sergipe, o microblogging mostrou esse poder no último dia 24, quando Aracaju foi atingida por fortes chuvas que alagaram praticamente toda a cidade, o volume de informações geradas em virtude destes acontecimentos levou a cidade aos Trending Topics (assuntos mais comnetados) do Brasil com a hashtag ‘#alagaju’. “No dia da chuva, o Twitter funcionou como uma ótima ferramenta de ajuda. Várias pessoas pediam socorro, a procurar de informações e eu tentava auxiliá-las”, conta Fredson Navarro. Fotos, vídeos e informações dos pontos mais críticos espalharam-se pela rede e serviram como guia e alerta aos cidadãos.
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Repórter: Tatianne Melo
Editor: Eloy Vieira

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