Servidores da UFS entram em greve por tempo indeterminado

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Biblioteca fechada, Resun sem oferecer serviços, DAA sem atendimento. Um verdadeiro prejuízo e atraso para aqueles que necessitam destes serviços. Essa é a situação que se instalou na UFS desde que os servidores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão, segundo comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da UFS (SINTUFS), tomada em Assembléia Geral Extraordinária, realizada no mini-auditório do CECH, no dia 8 de junho, foi feita após a avaliação dos últimos acontecimentos como o comunicado através de ofício pela Secretaria de Recursos Humanos informando o cancelamento da reunião agendada com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (FASUBRA).

UFS (Fonte: Infonet)
A greve começou com apenas alguns setores aderindo à paralisação. No entanto, ao perceberem a causa e a força do movimento, outros setores também pararam suas atividades. Os técnicos administrativos, lotados nos diversos setores da UFS, vêm aderindo à greve paulatinamente. Considerados estratégicos e primordiais para o êxito do movimento, dois importantes setores também aderiram: a Biblioteca Central (BICEN) suspendeu suas atividades e o RESUN, que encontrava-se com 50% da sua capacidade produtiva, paralisou todo o atendimento.
Entre as reivindicações dos servidores estão: campanha salarial emergencial, luta pela inclusão de recursos no orçamento 2011/2012 para reajuste salarial com piso de três salários mínimos e step de 5%; recursos para aprimoramento da carreira com propostas que resolvam a questão do vencimento básico complementar (VBC) e reposicionamento de aposentados; racionalização de cargos conforme deliberação da FASUBRA ainda para 2011; e resolução do anexo IV, com ampliação de percentual horizontal para todas as classes, consequentemente, isonomia salarial e de benefícios.
Reunião no sindicato (Fonte: Infonet)
Impactos da greve

Marlon Delano (Foto: Taylane Cruz)
Com a paralisação dos servidores, muitas pessoas acabam prejudicadas, pois vários setores estão de portas fechadas. Quem depende do Resun, por exemplo, tem tido dificuldade para fazer suas refeições diárias. É o caso do estudante do curso de Audiovisual Marlon Delano. Para ele, a greve não é injusta, os servidores não têm culpa, mas os transtornos são muitos. “Com a greve, nós estamos sendo muito prejudicados. É impossível ficar sem os serviços do Resun, muitos alunos dependem disso para fazer suas refeições. A biblioteca é outro problema, precisamos de livros e não estamos tendo acesso”.
Ainda segundo Marlon, sem o DAA muitas atividades ficam impossíveis de serem realizadas. “O DAA é um setor importantíssimo. Muita gente precisa retirar documentação, ofícios, declarações fundamentais para emprego, plano de saúde, etc. Espero que o Ministério Público entre em acordo com a categoria e resolva toda essa problemática”.
A greve conta com o apoio dos estudantes de Comunicação da UFS, do conselho de bolsistas, dos terceirizados, da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) e de servidores de diversos setores da Universidade Federal de Sergipe. Segundo deliberação do Sintufs, a greve será por tempo indeterminado.

Reportagem: Taylane Cruz
Edição: Adler Berbert


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