Acesso à web aumenta número de dependentes da Internet

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O crescimento acelerado do acesso à Internet aliado ao sedentarismo típico da atualidade, as pessoas têm ficado mais tempo emfrente à tela do computador. Só aqui no Brasil o IBGE registrou que, entre os anos de 2005 e 2009 o acesso à rede aumentou mais em mais de 75% em relação à pesquisa anterior. Os números compravam que estamos de fato entrando e até mesmo permanecendo mais tempo conectados, com isto, a probabilidade de desenvolver dependência à internet só aumenta.

Mas este fenômeno relacionado ao uso intenso da internet não é tão novo para a ciência. Ainda em 1995, o psquiatra norte-americano, Ivam Goldberg, cunhou o termo ‘webaholic’ para definir pacientes que tinham diagnosticados como ‘viciados em Internet’.

Você é um dependente da internet?
Foto retirada daqui.

Será que você é dependente?

Muito além dos possíveis problemas físicos e psiquiátricos, o uso demasiado da web pode causar problemas de relacionamento pessoal no mundo real. Mas cuidado, nem todo internauta é dependente só porque usa muito a internet. De acordo com o instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, para ser considerado um viciado em internet, o usuário deve atender a pelo menos cinco dos seguintes critérios:

  • Preocupação excessiva com a internet;
  • Necessidade de aumentar o tempo conectado para ter a mesma satisfação;
  • Exibição de esforços repetidos para diminuir o tempo de uso da internet;
  • Irritabilidade e/ou depressão;
  • Instabilidade emocional caso esteja impedido de conectar-se à rede
  • Permanece mais tempo conectado do que o programado;
  • Escola e as relações sociais ficam em risco pelo uso excessivo;
  • Mente a respeito da quantidade de horas conectadas.

Se você apresenta cinco destas características, já está na hora de procurar um tratamento. Aqui no Brasil, somente o Hospital das Clínicas de São Paulo tem um programa específico para adolescentes de 12 a 17 anos. Para saber, faça o teste criado pela Dra. Kimberly Young em 1996 mas, que até hoje, é considerado o mode de diagnosticar e mais preciso e mensurável sobre o uso da internet. Acesse o quiz.

Para Dra. Kimberly, a autora do quiz, uma pessoa viciada em internet a utiliza por cerca de 38 horas semanais. Se dividirmos essa carga horária pelos sete dias da semana, teremos cerca de 5 horas e meia diárias. De acordo com pesquisa feita pelo IBOPE em 2009, o internauta do Brasil passa em média 45 horas semanais, o que equivale a mais de seis horas diárias. Confira abaixo alguns depoimentos de duas usuárias sobre o uso que elas fazem da internet.

Depoimento de usuários

Aline Lisboa, professora do Departamento de Adminstração da UFS

Aline Lisboa, professora da UFS.
Foto: Arquivo Pessoal
Apesar de ser uma webaholic confessa, Aline Lisboa reforça seu compromisso em manter uma vida social ativa e um relacionamento no fora da web com seus amigos. Profissional da área de marketing do curso de Administração da UFS, ela diz que o seu trabalho também contribui na utilização excessiva da web.

“Eu passo cerca de 10 a 12 horas por dia no mundo digital. Eu geralmente acesso as redes pra buscar conteúdo sobre marketing (sou professora dessa disciplina na UFS). Também gosto de jogar e utilizo perfis corporativos para difundir serviços. Acredito que sou viciada sim, afinal, não consigo ficar muito tempo sem utilizar a internet, entretanto não deixo de sair ou fazer demais atividades por conta disso. Tenho mais amigos ‘offline’, apesar de tê-los conhecido nas redes sociais. Depois do primeiro contato, começamos a manter uma amizade estável. Às vezes faço refeições em frente ao computador para não perder tempo com as atividades que realizo, especialmente quando estou trabalhando. Mesmo com o uso excessivo, não deixo de me relacionar fora do mundo virtual”.

Camilla Argôlo, estudante de psicologia na Universidade Tiradentes

Camilla Argôlo, estudante de psicologia
Foto: Arquivo Pessoal
A estudante não se considera uma viciada em internet. Além disso, reforça a importância do relacionamento pessoal e social em detrimento à comunicação na web. 

“Geralmente passo de 3 a 5 horas na internet. Na maioria das vezes acesso as redes sociais, procuro conteúdos para meu curso e estudos acadêmicos. Entre ficar na internet e sair com os amigos, prefiro, sem pestanejar, a segunda opção. Acho importante o relacionamento pessoal e familiar. Ele tem mais valor, em minha opinião. Apesar de não comer em frente ao computador, muitas vezes o deixo ligado durante a noite. Apesar disso, não creio que eu seja uma viciada. Meu uso é moderado”.

Confira também:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Contexto Online | by TNB ©2010