Pouca sinalização põe em risco universitários

quarta-feira, 6 de julho de 2011

  A Universidade Federal de Sergipe (UFS) praticamente duplicou o seu número de estudantes nos últimos anos. Com isso, o contingente de usuários de ônibus que saem todos os dias de Aracaju para o campus José Aloísio de Campos também aumentou consideravelmente, ocasionando uma maior movimentação na entrada da Universidade.
Ponto de ônibus localizado em frente a UFS não tem sinalização adequada 
  Muitas medidas já foram tomadas visando a garantia de condições para tal movimento: o aumento da frota de ônibus, novas linhas, a duplicação da via de acesso ao terminal, o aprimoramento da ciclovia anexa, entre outras. Apesar disso, o que ainda tem preocupado a comunidade acadêmica é a falta de sinalização adequada na Av. Marechal Rondon, que liga Aracaju ao Conjunto Rosa Elze, passando pela UFS.
  Um dos pontos de ônibus que serve aos estudantes, servidores e professores, localizado em frente à entrada principal da UFS, oferece situações de grande risco aos transeuntes. Localizado no sentido Aracaju-São Cristóvão, o ponto de ônibus exige a travessia da avenida para o acesso a Universidade e atualmente encontra-se numa situação de pouca sinalização.
  Algumas medidas já foram tomadas, mas permanecem insuficientes, como a disponibilização de faixas de pedestre. “Nem parece que tem faixa de pedestre. Pra atravessar é complicado, às vezes demora”, afirma Viviane Leal, estudante de Biologia, curso do Centro de Ciências Biológicas e Saúde, que abriga grande parte dos universitários que utilizam tal ponto diariamente.
  A estudante também afirma que os carros passam em alta velocidade, apesar de o limite máximo ser, segundo a sinalização das placas, de 60km/h. Viviane frisa que o necessário era a colocação de sinais de transito que possibilitassem a travessia sem maiores riscos “À noite, por exemplo, é muito perigoso pois não se sabe se os motoristas enxergam a gente, e como a avenida tem uma boa largura os carros correm bastante”.
Apesar das faixas de pedestres, travessia ainda é perigosa

  A estudante queixa-se também da falta de segurança do local, ocasionando assaltos e roubos aos universitários: “É melhor evitar andar sozinho lá, principalmente à noite”, afirma Viviane. Para ela, já foi pior, por conta da falta de iluminação, problema que já foi sanado.
  A Superintendência de Mobilidade Terrestre e Transporte (SMTT) de Aracaju afirma que a responsabilidade por aquele trecho é da prefeitura de São Cristóvão. Essa, por sua vez, procurada pela nossa reportagem, não foi localizada por telefone.
  Notícias mais recentes apontam que o foco dos trabalhos da SMTT de São Cristóvão tem priorizado a apreensão de animais nas rodovias e a regularização dos táxis-lotação, motivo de muita reclamação tanto de usuários como de profissionais. O Superintendente Wellington Alves já demonstrou, em diversas ocasiões, a preocupação com o trecho que liga as duas cidades, por ser um local de muita imprudência e desrespeito às leis do transito.
  A maior parte das dificuldades encontradas para solucionar os problemas relacionados ao acesso à Universidade Federal de Sergipe pode ser delegado ao distanciamento da região das duas cidades. O problema é enfrentado diariamente pelos moradores do Conjunto Rosa Elze, bairro periférico de São Cristóvão que abriga a UFS e divisa geográfica entre as duas cidades. Exatamente por essa realidade que a grande maioria das mudanças promovidas na região foram pedidos da própria Universidade. O momento atual pede novas medidas.

Reportagem: Irlan Simões
Fotos: Irlan Simões
Edição: Adler Berbert 

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