
Inúmeros são os bares existentes em Aracaju e é crescente a procura pelos jovens adultos que querem uma diversão para as noites. Em um bar da capital, o Tio Maneco, é visível que o público que mais frequenta o local é da faixa etária em questão, em sua maioria de 18 a 40 anos. O bar abre de segunda a sábado, a partir das 18h, e está sempre cheio. Nas quintas-feiras são os dias em que ocorrem atrações musicais, e conseqüentemente os dias que atrai mais pessoas – mesmo sendo o dia seguinte um dia de trabalho e universidade para muitos.
Quando se chega à rua em que fica localizado é difícil conseguir uma vaga em meio a tantos carros das pessoas que se dirigem ao bar. Um dos sócios do estabelecimento, Fredy Franco, conta que o público que frequenta o bar é tranquilo e que nunca teve confusões geradas pelo álcool dentro do bar, como também nunca ocorreram problemas nos arredores do local envolvendo acidentes de trânsito. A técnica em Sistemas de Informação de 22 anos, Natália Marques, revela que sempre vai para os bares com o seu carro, mas que não bebe muito e prefere comer um tira-gosto e ter um bom papo com os amigos a ficar apenas bebendo. Comenta ainda que sabe que ocorrem vários acidentes envolvidos e gerados muitas vezes pelo álcool, mas garante que sabe a hora de parar de beber.
De acordo com a pesquisa ‘Levantamento e análise da mortalidade decorrente de acidentes de trânsito no Brasil’, feita pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI BRASIL) em 2010, os resultados evidenciam que as fatalidades no trânsito são em maior número entre pessoas de 20 a 39 anos, mais de 45% no total, com o aumento de mais de 32% de 2000 a 2007, quando passaram de 12.857 a 16.996. Aracaju mostra que reflete a situação que ocorre em todo o país, uma vez que essa é a faixa etária mais vitimada pelos acidentes.
A combinação de álcool e direção é perigosa, mas falta a percepção por parte de todos, principalmente dos jovens, que essa não é uma questão em que se pode arriscar. É necessário que haja uma mudança cultural associada a uma política pública efetiva e implementada sob responsabilidade dos municípios, dos estados e da União. Os números das estatísticas são fatos comprovados e só uma real conscientização da população poderá fazê-los mudar.
Repórter: Alanna Molina
Editora: Larissa Ferreira
Fotos: Alanna Molina
Gráfico: Alanna Molina
Gráfico: Alanna Molina
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