Lan houses em Aracaju estão mais preocupadas com os acessos inadequados dos seus usuários.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

                          O aumento de crianças e adolescentes em lan houses é nítido em vários bairros na grande Aracaju. A preferência por esses locais é o acesso rápido e barato a jogos de videogames e internet, em que podem acessar sites inadequados para sua faixa etária já que a dificuldade do controle dos seus usuários é difícil ou quase inexistente nesses estabelecimentos, que muitas vezes falta até a legislação de funcionamento especifica. Em virtude desse perfil, as casas de jogos têm se tornado o local preferido pelos criminosos virtuais, que utilizam o anonimato proporcionado para praticar diversos crimes virtuais.
Para resolver essa questão à portaria da vara da infância e da juventude da comarca de Aracaju, 001/2011, determinou que menores de 12 anos somente tivessem acesso em lan houses das oito às dezoitos horas e acompanhadas de seus responsáveis.  Em horário escolar a criança fica proibida de freqüentar e usar fardamentos escolares enquanto estiver nestes espaços. E também a permanência não pode durar mais do que três horas em dias úteis e quatro em finais de semana conectados aos jogos eletrônicos.  É obrigatório que todas as lan houses tenham o alvará da prefeitura e o da vara da infância e da juventude para evitar constrangimentos desnecessários, brigas ou até mesmo discussões por parte dos usuários que não queiram cumpri a portaria.
Espaço interno da lan house no bairro Siqueira Campos
Além de evitar que as crianças faltem às aulas para ir jogar videogame, a medida serve principalmente para que os jovens não se tornem vítimas de crimes que são praticados pela internet. È necessário que todos conheçam o que é certo e o que é errado para poder trabalhar de acordo com a lei. O controle de crianças e adolescentes no horário escolar, trajando uniforme, desacompanhadas pelos pais ou responsáveis esta aumentando e alguns proprietários como é o caso de seu Antonio Luz Alves  diz “Às vezes fico preocupado com esses jovens que ficam maior parte do seu tempo jogando e deixando de lado os estudos para estar aqui com os amigos”. Seu estabelecimento fica na Rua Mariano Salmeiron, Siqueira Campos, e sua maior clientela é de adolescentes entre 15 à 18 anos, seu Luiz tem conhecimento da nova portaria que disciplina a entrada de crianças e adolescentes e orienta aos usuários menores de idade sobre as proibições e tempo de permanência no seu estabelecimento que ainda não esta regularizada junto à prefeitura, mas esta providenciando as documentações necessárias.
È responsabilidade da família o cuidado com o que as crianças e adolescentes acessam no mundo virtual, mas como muitas crianças preferem as lan houses porque são estabelecimentos ideais para acessar com mais liberdade, cabem aos donos do estabelecimento a fiscalização. Alan dos Santos de apenas 14 anos diz “gosto de vir aqui, porque eu posso me divertir conversar com os amigos e jogar, porque em casa não consigo fazer isso com total liberdade”. Alan está conectado as redes sociais, possui contas do Orkut, Facebook, Msn, Twitter, Skype, ou seja,  esta  conectado com o mundo virtual,  alvo fácil de crimes ou  violências se não souber tomar devidas precauções. Ele diz que a mãe reclama bastante por freqüentar lan houses, que segundo ela, é local para quem não tem o que fazer e não gosta principalmente por se tornar mais difícil o controle dos conteúdos que Alan acessa.
Lan house do bairro Santo Antônio
No bairro Santo Antônio na lan house de seu Júnior Oliveira, localizada na Avenida Confiança, há uma fiscalização regular do conselho tutelar no seu estabelecimento, olham a listagem de cadastro de pessoas, qual perfil dos usuários, sites preferidos, faixa etária, apresentando também como prevenir crimes e violências, que ocorrem por meio da internet. Seu Oliveira recebe uma série de orientações como realizar o cadastramento de crianças e adolescentes, contendo informações como data de nascimento, nome da escola e o horário escolar. “Aqui nós temos algumas regras para se tornar cliente, é preciso que o pai ou responsável venha até aqui e faça um cadastro contendo informações básicas, como nome da criança, idade, endereço e principalmente os dados dos pais responsáveis pelo jovem”, esclareceu o proprietário. Mesmo com toda organização e fiscalização, Oliveira, diz que algumas crianças e adolescentes já conseguiram burlar e desbloquear o sistema que controla o acesso a sites pornográficos, mas foram advertidos assim que percebeu a irregularidade, no entanto, ele sempre esclarece as normas de funcionamento para os novos usuários para evitar qualquer mal entendido.

Algumas lan houses em Aracaju funcionam legalmente com alvará, outras funcionam na ilegalidade. Independente do documento de funcionamento especifico, o mais importante é que prevaleça o controle no acesso de sites inadequados, fiscalização, orientação, cadastramento interno dos seus usuários com dados pessoais e preferências de sites, principalmente do público na faixa etária de 12 a 18 anos que são atraídos pelos jogos em rede, evitando consideravelmente crimes virtuais que possam acontecer nestes locais  e maior organização.  

            Por: Lenaldo Severiano
Fotos: Lenaldo Severiano
Edição: Egicyane Lisboa
 

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