Paratletas demonstram habilidade na 7a edição do “Esporte e Cidadania”

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


Paratletas em um jogo de vôlei sentado
Superação, raça, determinação e espírito de coletividade foram marcas registradas dos atletas portadores de deficiência física durante as competições esportivas disputadas na 7a edição do evento “Esporte e Cidadania”. Este é um projeto de porte nacional que envolve todos os tipos de paratletas em mais de 32 modalidade, atuando em Sergipe com a participação de dezesseis municípios e uma estimativa de 7 000 atletas. A ação, que ocorre desde 2006, é desenvolvida pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com a TV Globo. Neste ano, as atividades foram realizadas neste sábado, 26.    

O ginásio Carlos Cruz, localizado no bairro 18 do Forte, sediou as práticas desportivas desenvolvidas por atletas que possuem alguma limitação física. As diferenças existentes entre o esporte praticado pelo atleta sem alguma deficiência e esse grupo específico são as readaptações das regras e reestruturação dos espaços, mas nenhuma dessas mudanças afeta a garra desses jogadores.

A maior dificuldade encontrada pelos atletas em questão não está em executar os movimentos exigidos pelas modalidades esportivas, mas a problemática que enfrentam diariamente para chegar ao local de treino. Em Aracaju, por exemplo, somente algumas localidades têm o privilégio de possuir rampas de acesso às calçadas, e são poucas as linhas de ônibus que têm elevadores para embarcar os cadeirantes.

Luiz Alberto fala sobre a estrutura da cidade
de Aracaju para os deficientes físicos

Luiz Alberto Rollemberg joga pela Federação Sergipana de Basquete e foi convocado, numa seletiva, para defender a Seleção Brasileira nas Paraolimpíadas de 2016. Ele contou que por ser morador do centro da cidade não encontra tantos obstáculos para treinar, já que existem algumas calçadas e locais com acesso adaptado; diferentemente de amigos que moram em regiões precárias e sentem no seu cotidiano a dificuldade que existe para a locomoção. “Sergipe não oferece estrutura para os portadores de alguma deficiência, pois as ferramentas de acesso não funcionam por completo. Eu, particularmente, não me defronto com esses problemas porque moro no centro da cidade, mas meus colegas reclamam muito”, disse.



O Presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Nyceu Dantas, fala das necessidades dos atletas de Aracaju.  



Esporte é vida
Gorete Medeiros conta como o esporte contribui na vida
dos que tem deficiência física




A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Gorete Medeiros, afirmou que o esporte devolve a vontade de viver aos indivíduos com deficiência. “As atividades esportivas elevam a autoestima dessas pessoas, pois eles mostram para todos e para eles mesmos, que são capazes e que podem se superar. Muitas vezes eles se sentem mais motivados porque são acolhidos e, principalmente incluídos”, garantiu.





O técnico e organizador do evento, Oswaldo Mendonça, conta que o Paraesporto no município teve seu início em 2003 com o projeto de basquete em cadeiras de rodas, mas que por motivos políticos e burocráticos se tornou impossível. No entanto, ele continuou engajado com a causa e em 2008 surgiu o projeto "vôlei sentado", tendo o apoio estrutural do Instituto Federal de Sergipe (IFS)


Vanessa Meneses conta sobre os desafios de
ser técnica de paratletas

Desafio dos técnicos


A técnica que trabalha no projeto Basquete do Futuro no Centro Integrado de Esporte Paratleta de Sergipe (Ciep-Se), Vanessa Menezes, falou que o maior desafio da profissão é conhecer a limitação de cada um. “Para trabalhar o esporte com esses cidadãos, devemos primeiramente entender até que o ponto vai a sua limitação. Depois disso, devemos conhecer o potencial de cada um. O que é mais interessante nessa área é a descoberta que eles fazem deles mesmos, pois muitos nem conhecem as suas capacidades”, revelou.     



Modalidades do Paradesporto

As modalidades desportivas para atletas com deficiência, disputadas no evento “Esporte e Cidadania”, foram vôlei sentado, goalboll, basquete em cadeiras de rodas, capoeira adaptada para deficientes mentais e futsal para surdos.  Assista à partida de Goalboll.



  
 Acesse o histórico do evento

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