Aracaju conhecida como a capital da ginástica tem uma estrutura reservada para treinamentos, o Centro Nacional de Ginástica Rítmica, espaço utilizado para treinamento da equipe campeã no Pan-americano de Guadalajara, no México, esse ano. Essa modalidade esportiva tem tomado grandes proporções no estado, no entanto, a ginástica rítmica é um esporte caro, e não chega a todas as pessoas, existe aqui em Aracaju mais ainda esta distante de uma realidade ideal.
As escolas têm se mostrado como celeiro de grandes talentos, investindo em centros de treinamentos para inserir os estudantes nesse contexto esportivo, com objetivo de descobrir meninas com potencial de alçar vôos mais longos e representar o estado. Em algumas dessas escolas a modalidade esportiva é vista como extensão da educação e é prezada pelos educadores que acreditam que a junção trás benefícios “esporte é disciplina, no treino eles aprendem a chegar no horário, a se dedicarem, a ter persistência” diz a professora de ginástica, Thalyta Juliana Cardoso.
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Quadra esportiva do cólegio público |
Embora tenha havido um crescimento significativo, a prática do esporte ainda não é uma realidade que atende a todos. Exemplo disso são os colégios públicos que não têm as oportunidades que são encontradas em colégios particulares, alguns colégios da rede privada têm a ginástica como prática esportiva há quatorze anos, enquanto que em colégios públicos a ginástica ainda é um esporte distante, não podendo investir em estrutura, equipamentos ou até mesmo em treinos por não ter recursos, apoio e financiamento para essa atividade esportiva.
Em maio de 2011 o aluno da rede pública estadual, Emanuel Prado conquistou medalha de prata nos jogos escolares aqui em Aracaju, na modalidade de ginástica artística, a vitória deu indícios de que a ginástica não era mais um esporte que só podia ser praticado por aqueles que tinham condições de pagar, entretanto, ao procurar o aluno na escola não foi possível encontra-lo, uma vez que sua vitória é desconhecida no âmbito escolar, pois a prática do esporte nunca foi vista no local.
“Não conheço ninguém que tenha ganhado medalha nessa modalidade, até por que nunca vir ninguém praticando ginástica aqui, nós não temos equipamentos para isso, provavelmente esse menino treina fora e como aqui as coisas são maquiadas, aproveitaram seu treino fora e colocaram o nome da escola, já que ele estuda aqui, assim é uma forma de promover o colégio.” Afirmou professor de educação física, que não quis se identificar.
O único colégio público que ganhou destaque na ginástica, segundo o professor não tem as condições mínimas para que a atividade seja desenvolvida.
Atividade desenvolvida na rede particular
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Ginasta Lays Sampaio |
Lays Sampaio aluna da rede privada tem apenas nove anos, e há cerca de cinco dedica-se a prática da ginástica. Seus treinos iniciaram-se na escola que oferece toda uma estrutura essencial para essa atividade esportiva. O colégio conta com equipamentos como barras assimétricas, trave colchonetes, além de tablado e tapete. Todos estes equipamentos garantem o bom desempenho nas atividades.
A ginasta Thaynnar Moura reconhece a importância de um espaço bem equipado para os treinos, pois é o que garante maior habilidade e domínio da técnica e sabe da precariedade nas outras escolas que não podem oferecer a seus alunos as mesmas condições que ela pode desfrutar. “Em termo de equipamentos, a estrutura daqui é uma das melhores do estado, por que muitos colégios não oferecem o que nós temos para treinar”. Declarou.
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Thaynnar Moura, aluna da rede particular |
A professora de ginástica Thalyta Juliana diz que a quantidade de campeonatos já melhorou, entretanto não o suficiente. É necessário um investimento maior, uma divulgação dessa atividade esportiva aqui no estado e apoio financeiro para que a ginástica rítmica participe de campeonatos representado Sergipe,mas, ainda há uma preocupação escassa ”Os Campeonatos no Estado deu uma melhora, mas elas treinam o ano todo, seis horas por dia ou oito horas por dia, pra participar de três ou quatro campeonatos será que é justo?”
Por: Emily Lima
Fotos: Emily Lima
Edição: Egicyane Lisboa
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