Desde
2008, o Governo Federal vem avaliando o nível das escolas estaduais
e municipais brasileiras. Uma das ferramentas utilizadas para tanto é
a Provinha Brasil. Uma avaliação que diagnostica o nível de
alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano de
escolarização das escolas públicas do país. Em Sergipe, as escolas do estado avaliadas já atingiram o nível 4, resultado considerado satisfatório, enquanto as da capital ainda estão no nível 3.
A avaliação acontece em duas etapas, uma no início e a
outra ao término do ano letivo, que contem prova de escrita e
matemática. Os
itens são elaborados por especialistas a partir das habilidades
descritas na Matriz de Referência de Leitura e Matemática
(habilidades essenciais de alfabetização e letramento) e formam
um banco de itens de onde são selecionados para serem pré-testados.
Saiba mais aqui.
De acordo com dados
do portal do Inep
a aplicação
da prova em períodos distintos possibilita aos professores e
gestores educacionais a realização de um diagnóstico mais preciso
que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças,
em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado. A
partir das informações obtidas pela avaliação, os gestores e
professores têm condições de intervir de forma mais eficaz no
processo de alfabetização aumentando as chances de que todas as
crianças, até os oito anos de idade, saibam ler e escrever.
Em Aracaju, os
alunos conseguiram no ano passado atingir média 15, que equivale ao
último grau do nível 3, sendo que o ideal segundo a técnica do
Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação (Semed),
Sandra Ribeiro, é o nível 4. Ainda de acordo com a técnica, o
nível 3 corresponde a capacidade do aluno de ler palavras,
reconhecer sílabas e seus números, ler frases com sintaxe simples
(sujeito+verbo+objeto), localizar informações por leitura
silenciosa, além de identificar características gráficas e imagens
no modo de sua apresentação.
Já nas escolas da
Rede Estadual o nível alcançado foi o 4, considerado ideal pelo
MEC. Estes dados segundo a
coordenadora do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Avaliações –
Nepa - da Secretaria
de Educação do Estado (Seed),
Joniely
Cheyenne Moura Cruz,
foram colhidos a partir de relatórios
de análise que
demonstraram um
avanço significativo nos
níveis dos alunos, que em sua maioria encontravam-se ao término do
segundo ano de escolaridade. Os alunos que se encontram neste nível
estão com as habilidades referentes ao processo de alfabetização
consolidadas, ou seja, eles dominam o código alfabético e
consequentemente estão adentrando ao processo de letramento que
deverá ser desenvolvido durante a vida do aluno, pois o tal processo
é o uso social da leitura e da escrita pelo sujeito cognoscente, ou
seja, o sujeito aprendiz.
A Semed ainda
informou que, em Aracaju, na 1ª avaliação é visto o nível alcançado nas
provas e até a aplicação da 2ª avaliação é feito um trabalho
intensivo com os alunos em busca da melhoria do resultado na Provinha
Brasil. Em 2011 foram avaliados 2.615 crianças na 1ª etapa e
2.427 na 2ª. Um número que vem crescendo já que na primeira edição
da prova o núemero total foi de 2.447 alunos avaliados. Sandra
explicou que a provinha não é obrigatória, mas que no dia de sua
aplicação o professor distribui apenas com as crianças presentes
em sala de aula.
Até 2010, cada teste
da Provinha Brasil era composto por 24 questões de múltipla
escolha, com quatro opções de resposta cada uma. A partir do ano
passado os testes passaram a ser compostos de 20 questões.
Algumas dessas questões são lidas pelo aplicador da prova – na
íntegra ou em parte - e outras são lidas apenas pelos alunos.
A aplicação da
Provinha Brasil na Rede Estadual de Ensino em Sergipe está prevista
para
este mês, mas
caso o material não chegue a tempo será aplicada posteriormente.
A coordenadora do Nepa esclareceu que está no aguardo
da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC enviar os kits
com o caderno do aluno, manual do coordenador aplicador e
os demais materiais pedagógicos que acompanham a Provinha para
realizar a avaliação. “Assim que chegar, realizaremos a aplicação
da Provinha de Leitura e de Matemática. Estamos com uma previsão
de aproximadamente 7
mil alunos
do 2º ano da rede pública estadual que farão esta avaliação
externa em larga escala.”
Quem aplica
Dependendo do foco
que o gestor atribua à avaliação, o teste poderá ser aplicado
pelo próprio professor da turma, com o objetivo de monitorar e
avaliar a aprendizagem de cada aluno ou turma; ou por outras pessoas
indicadas e preparadas pela secretaria de educação, com a proposta
de obter uma visão geral de cada unidade escolar, das diretorias ou
de toda a rede de ensino sob a administração da secretaria.
É possível fazer
uma junção desses dois objetivos, solicitando aos professores que
realizem a aplicação e encaminhem uma cópia dos resultados para a
secretaria de educação. Os resultados poderão ser corrigidos pelo
próprio professor da turma ou pelo aplicador do teste.
No Estado quem
aplica a provinha é o coordenador pedagógico da própria
unidade escolar, este faz a correção através do sistema on-line
criado pelo Núcleo de Avaliação em parceria com a Codim
(coordenadoria de Informática da Seed), este sistema está
funcionando desde 2010. Diferentemente de 2008 e 2009, quando todo o
trabalho foi feito manualmente em uma planilha de excel por escola.
Os resultados de 2008 e 2009 encontram-se no site da Secretaria no
Portal do Professor, no link Provinha Brasil,
já os de 2010 e 2011 estão no Sistema Acadêmico da Seed – Siga.
Segundo o Inep, a
Provinha Brasil diferencia-se das demais avaliações realizadas no
país pelo fato de fornecer respostas diretamente aos alfabetizadores
e gestores da escola, reforçando a sua finalidade de ser um
instrumento pedagógico sem fins classificatórios.
A
diferença entre Provinha Brasil, Saeb e a Prova Brasil?
As principais
diferenças entre a Provinha Brasil, Prova Brasil e Saeb
relacionam-se ao tipo de informações produzidas e ao objetivo de
cada uma delas. A
Provinha Brasil fornece respostas diretamente aos alfabetizadores e
gestores da escola. Enquanto os resultados do Saeb e da Prova Brasil,
embora sejam muito úteis a professores e gestores, permitem
informações mais amplas no âmbito do sistema educacional do país,
Estados, municípios e escolas. Reforça-se, assim, a ideia de
que esta atual proposta seja uma
avaliação diagnóstica – um instrumento pedagógico sem
finalidades classificatórias.
O Saeb e a Prova
Brasil são avaliações externas, ou seja, existe sempre um
aplicador externo à rede e aos alunos que participam do processo de
avaliação, sendo o Inep, o responsável pela aplicação. No caso da Provinha Brasil, o
aplicador não é necessariamente um aplicador externo, já que a
própria rede tem a opção de aplicar os instrumentos com seus
próprios professores, cabendo ao Inep a responsabilidade de
elaboração e montagem dos instrumentos.
Na Prova Brasil e no
Saeb, o processamento, as análises, a interpretação e a divulgação
dos resultados são de responsabilidade do Inep. Em função da
utilização de metodologias e técnicas estatísticas complexas, os
resultados de apuração e divulgação não são imediatos. Na
Provinha Brasil, o processamento e a interpretação dos resultados
podem ser feitos pelas próprias redes, pois sua metodologia de
aplicação permite uma leitura e interpretação imediata dos
resultados por parte dos professores/gestores das redes.
vídeos e campanhas:
http://provinhabrasil.inep.gov.br/videos-e-campanhas
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