Conservação do Patrimônio Histórico de São Cristóvão

quinta-feira, 21 de março de 2013

 Restaurações não dão conta do potencial histórico da cidade, que precisa de programas de divulgação e cuidados.
Fachada da Igreja do Amparo, ou Igreja dos Homens Pardos, em São Cristóvão (Foto: Gustavo Monteiro)

O Vendedor Valdir dos Santos. (Foto: Gustavo Monteiro)
São Cristóvão tinha tudo para figurar como uma das principais cidades nos roteiros de turismo histórico do Brasil. Fundada ainda no século XVI, em 1590, a cidade apresenta forte influência espanhola no seu conjunto arquitetônico que data do século XVII. Mas, a baixa frequência de visitantes não é proporcional ao valor cultural da cidade.

“Hoje é sábado, e acho que de fora do estado aqui só tem eu”, constata a médica Selma Soriano, de São Paulo. Segundo ela, falta uma maior divulgação da cidade dentro e fora do estado. “O que eu percebo é que falta ter mais guias, que poderiam ser moradores daqui mesmo, capacitados para passar a informação correta”, acrescenta.

Segundo Valdir dos Santos, que vende água de coco há três anos na Praça de São Francisco, depois das restaurações e de quando foi concedido o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, o número de turistas cresceu, mas ainda é sazonal. Aumenta principalmente durante as férias e a comemoração da mudança da capital, e diminui durante o restante do ano.

Patrimônio histórico

Em agosto de 2010, a Praça de São Francisco conquistou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pelo Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, a Unesco. Mas o processo de conservação de o todo patrimônio histórico de São Critóvão, 4ª cidade mais antiga do Brasil, ainda não está concluído.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo. (Foto: Gustavo Monteiro)

Além da Praça São Francisco, também foram reformadas a Praça do Carmo, a Praça da Bandeira e a Praça da Matriz. Segundo Valdir, “reformaram na mesma época da praça São Francisco, a antiga ouvidoria (hoje prédio do Iphan), o Museu Histórico de Sergipe e seis meses depois o Lar Imaculada Conceição (Antiga Santa Casa de Misericórdia)”. Atualmente estão em reforma as igrejas de Nosso Senhor dos Passos e de Nossa Senhora do Carmo.

Desamparada está a Igreja do Amparo, conhecida também como Igreja dos Homens Pardos. Localizada a poucos metros das igrejas do Nosso Senhor dos Passos e de Nossa Senhora do Carmo, a Igreja dos Homens Pardos foi reformada há 16 anos. A igreja, cuja torre principal é a mais alta da cidade, já foi vítima de incêndio, ficou fechada por 50 anos, serviu de abrigo para famílias e de movelaria funerária e mesmo assim, ainda conserva o patrimônio, como as escadas de madeira originais no altar.

Repórter: Gustavo Monteiro
Editor: Leonardo Vasconcelos

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