O turista que visita São Cristóvão se encanta com sua história, mas se decepciona com a falta de infraestrutura. Na cidade, faltam restaurantes e pousadas, a única que existe pertence à Igreja da Imaculada Conceição, no centro histórico.
Adriana Silva, assessora da
secretária de Cultura e Turismo da cidade, reconhece o problema. “Quando o
turista chega, quer ter pousada, hotel, bons restaurantes e, infelizmente, a
nossa cidade está defasada com relação a isso”, admite.
Mas, segundo ela, já existem
iniciativas para resolver a questão. “Estamos buscando parcerias com as
agências de turismo para colocarem São Cristóvão no programa de visitas”. Adriana
informa ainda que está prevista a construção de pousadas e restaurantes que
possam oferecer uma estrutura melhor para os turistas que visitam a cidade.
Apesar disso, São Cristóvão deve
receber em 2013 recursos do Governo Federal, através do PAC Cidades Históricas,
para a restauração do patrimônio histórico. Segundo a Secretaria de Cultura e
Turismo do município, o catamarã e o Parque Governador João Alves Filho, mais
conhecido como Bica dos Pintos, são alguns dos monumentos que devem ser
reformados.
Principal ponto turístico
Para Kléber Monteiro, novos postes interferem no conjunto arquitetônico original. (Foto: Gustavo Monteiro) |
Recentemente, outros monumentos
históricos de São Cristóvão foram restaurados, entre eles, a Praça de São
Francisco, principal ponto turístico da cidade que conquistou o título de
Patrimônio Cultural da Humanidade em 2010. Mas as obras, supervisionadas pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN não agradaram a
todos.
Para o professor de história,
Kléber Ribeiro, a requalificação da praça prejudicou seu conjunto
arquitetônico. “A restauração ficou aquém do que deveria. Colocaram a
modernidade em desencontro formal com o conjunto inestimável da praça”, afirma,
ao se referir aos novos postes de fiação subterrânea.
A chefe da Divisão Técnica do
IPHAN, Marta Chagas, explica que algumas mudanças precisaram ser feitas, mas
não considera que o processo de requalificação tenha prejudicado o conjunto
arquitetônico original. “A
requalificação foi no sentido de
valorizar o conjunto arquitetônico e não ter
interferência”, diz.
A superintendente do IPHAN,
Terezinha oliva, também discorda da opinião do professor. Ela avalia que a
restauração, além de beneficiar o patrimônio histórico, tem sido importante
para a recuperação econômica das cidades envolvidas. “São Cristóvão e
Laranjeiras passaram por um longo processo de decadência que afetou
profundamente os bens tombados. O que salvou essas cidades foi, sem dúvida, o
fato de elas terem sido tombadas porque, por isso, receberam grandes
investimentos e tiveram logradouros inteiros recuperados”, afirma.
Reportagem: Leonardo Vasconcelos
Edição: Gustavo Monteiro
Reportagem: Leonardo Vasconcelos
Edição: Gustavo Monteiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário