Segunda relação de excedentes, divulgada pelo Departamento de Administração Acadêmica (DAA) em 09/04. |
UFS já lançou duas listas extensas de excedentes; há previsão para
lançamento de mais relações.
Com a
adoção do Enem como processo seletivo, cresceu o número de
candidatos que passam no vestibular da Universidade Federal de
Sergipe (UFS) mas não se matriculam. Só na segunda relação de excedentes do Vestibular 2013 que foi divulgada
terça, 09/04, houve 552 convocados para assumir as vagas desses
candidatos desistentes. Dessa lista, 50 são candidatos do curso mais
concorrido da universidade: medicina do campus de São Cristóvão.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da universidade, ainda há
previsão para o lançamento de mais listas com essas.
“Com o
Enem ficou mais fácil, porque agora os candidatos de outros estados
podem fazer a prova nas suas cidades, não precisam mais se deslocar
como antigamente”, explica
Manuel Leite, responsável pela Coordenação de Concurso Vestibular (CCV) da UFS. “Essa
facilidade no processo de seleção refletiu no número de
desistentes”, completa o coordenador.
Matheus
Mitzael, calouro de medicina que conseguiu ingressar na UFS pela
primeira convocação de excedentes que
ofertou 1364 vagas concorda. Mas segundo ele, o Enem mais
dificulta do que facilita. “A tendência é que cada um queira
ficar no seu próprio estado, então muitas vagas são ocupadas por
gente que não tem interesse nenhum por elas. Assim, os estudantes
locais sofrem com a ansiedade da espera de serem chamados e, pela
demora, alguns ainda voltam à escola”, diz ele.
Matheus é
a prova disso: foi
desistente de Medicina na Federal de Alagoas. “Minha vaga de lá
vai ser liberada para mais alguém, já que fui chamado aqui”. Para
Manuel Leite, esta é uma tendência que vem acontecendo em todas as
universidades que aderiram ao Enem. “Como esse é o primeiro ano em
que a UFS utilizou o Enem, ainda estamos analisando os seus prós e
contras, para então definir como será o próximo vestibular”.
Propostas
Maria Clara, 16 anos, se prepara. (Fotos: Gustavo Monteiro) |
A
estudante do 3° ano Maria Clara Magalhães, que vai prestar o Enem
para ingressar no Vestibular 2014, apresenta alternativas. “Para
reduzir o número de excedentes a UFS poderia aderir ao Sisu, que
oferece aos candidatos a opção de se inscrever em mais de uma opção
de curso em diferentes universidades. Sem aderir ao Sisu, os
estudantes se inscrevem nas universidades pelo sistema, e,
paralelamente, também aqui na UFS. Aderindo ao sistema o número de
inscritos de outros estados poderia diminuir”, sugere ela.
Segundo
Maria Clara, outra opção para resolver o problema seria adotar uma
segunda fase presencial no sistema de seleção. “Dessa forma, só
viria fazer a segunda fase quem realmente quisesse ficar aqui”,
completa ela.
O
coordenador da CCV informa que, pelo fato de a UFS ainda está em
processo de matrículas do 1° vestibular em que foi adotado o Enem,
ainda não existem propostas institucionais voltadas para diminuir a quantidade do índice de desistência.
Repórter: Gustavo Monteiro
Edição: Leonardo Vasconcelos
Um comentário:
Está mais do q na hora da UFS adotar o SISU
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