Grande número de desistentes no Vestibular 2013 da UFS preocupa

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Segunda relação de excedentes, divulgada pelo Departamento de Administração Acadêmica  (DAA) em 09/04.

UFS já lançou duas listas extensas de excedentes; há previsão para lançamento de mais relações.

Com a adoção do Enem como processo seletivo, cresceu o número de candidatos que passam no vestibular da Universidade Federal de Sergipe (UFS) mas não se matriculam. Só na segunda relação de excedentes do Vestibular 2013 que foi divulgada terça, 09/04, houve 552 convocados para assumir as vagas desses candidatos desistentes. Dessa lista, 50 são candidatos do curso mais concorrido da universidade: medicina do campus de São Cristóvão. De acordo com a Assessoria de Comunicação da universidade, ainda há previsão para o lançamento de mais listas com essas.

“Com o Enem ficou mais fácil, porque agora os candidatos de outros estados podem fazer a prova nas suas cidades, não precisam mais se deslocar como antigamente”, explica Manuel Leite, responsável pela Coordenação de Concurso Vestibular (CCV) da UFS. “Essa facilidade no processo de seleção refletiu no número de desistentes”, completa o coordenador.

Matheus Mitzael, calouro de medicina que conseguiu ingressar na UFS pela primeira convocação de excedentes que ofertou 1364 vagas concorda. Mas segundo ele, o Enem mais dificulta do que facilita. “A tendência é que cada um queira ficar no seu próprio estado, então muitas vagas são ocupadas por gente que não tem interesse nenhum por elas. Assim, os estudantes locais sofrem com a ansiedade da espera de serem chamados e, pela demora, alguns ainda voltam à escola”, diz ele.

Matheus é a prova disso: foi desistente de Medicina na Federal de Alagoas. “Minha vaga de lá vai ser liberada para mais alguém, já que fui chamado aqui”. Para Manuel Leite, esta é uma tendência que vem acontecendo em todas as universidades que aderiram ao Enem. “Como esse é o primeiro ano em que a UFS utilizou o Enem, ainda estamos analisando os seus prós e contras, para então definir como será o próximo vestibular”.

Propostas

Maria Clara, 16 anos, se prepara. (Fotos: Gustavo Monteiro)
A estudante do 3° ano Maria Clara Magalhães, que vai prestar o Enem para ingressar no Vestibular 2014, apresenta alternativas. “Para reduzir o número de excedentes a UFS poderia aderir ao Sisu, que oferece aos candidatos a opção de se inscrever em mais de uma opção de curso em diferentes universidades. Sem aderir ao Sisu, os estudantes se inscrevem nas universidades pelo sistema, e, paralelamente, também aqui na UFS. Aderindo ao sistema o número de inscritos de outros estados poderia diminuir”, sugere ela.

Segundo Maria Clara, outra opção para resolver o problema seria adotar uma segunda fase presencial no sistema de seleção. “Dessa forma, só viria fazer a segunda fase quem realmente quisesse ficar aqui”, completa ela.

O coordenador da CCV informa que, pelo fato de a UFS ainda está em processo de matrículas do 1° vestibular em que foi adotado o Enem, ainda não existem propostas institucionais voltadas para diminuir a quantidade do índice de desistência.

Repórter: Gustavo Monteiro
Edição: Leonardo Vasconcelos

Um comentário:

Reinan disse...

Está mais do q na hora da UFS adotar o SISU

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