Pintando o sete traz alegria para crianças de abrigo

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Diante a oportunidade de ajudar o próximo, estudantes universitários doam um pouco de seu tempo livre para alegrar meninos de um abrigo na cidade de Aracaju. 
Crianças fazendo um pouco de arte no Abrigo Caçula Barreto

Existente há três meses, o projeto Pintando o Sete tenta trazer alegria e  conhecimento para crianças do Abrigo Caçula Barreto no Bairro Cirurgia desde o mês de janeiro desse ano. O projeto não tem fins lucrativos e é composto por universitários que doam um pouco de si para realizar oficinas voltadas para as crianças de Abrigos.
A Equipe. Lorena de verde e Tiago de blusa listrada.
Surgido de uma conversa informal entre a estudante de Administração de Empresas, Lorena Correia (19), e do estudante de Direito, Tiago Pinheiro (21), o projeto Pintando o Sete nasceu. A vontade de ajudar crianças menos favorecidas de uma forma instrutiva e divertida era algo compartilhado pelos dois estudantes. Juntos com mais nove universitários de cursos distintos e em reuniões informais, foram moldando o projeto que hoje conta com quatro tipos de oficinas que são trabalhadas nos dias de sábado no abrigo. As oficinas são  em Artes, Teatro, Circo e Leitura, sendo que as crianças contam com materiais para interagir. 

As atividades
Tiago e a equipe fazendo Teatro para as crianças.
Os meninos do abrigo contam com pincel, papel, tinta, caneta, para as oficinas de Artes. Já nas oficinas de circo, eles contam com bolinhas de malabares e perna de pau. Para leitura, dicionários e livros doados. “Raramente conseguimos as coisas e, pretendemos comprar assim que der. Para Teatro usamos figurino, que muitas vezes vem do nosso dinheiro. Os voluntários se revezam toda semana para isso. O investimento dos materiais vem do bolso dos colaboradores”, conta Tiago. E revela que a princípio os meninos se demonstraram relutantes para fazerem todas as oficinas, pois queriam apenas a oficina de Teatro. Entretanto os membros do Projeto fizeram com que todos conhecessem um pouco de cada oficina e gostassem.

O abrigo
O Abrigo Caçula Barreto existe desde o ano passado. É uma entidade de acolhimento institucional voltada para meninos entre sete e doze anos de idade com problemas familiares. O abrigo conta com dezoito crianças e vinte funcionários que se revezam nos finais de semana para acompanhá-los e, fazem diversas atividades. A instituição é sustentada pela prefeitura municipal de Aracaju, mas também vive de doações que são primordiais: como material didático e material para as demais atividades recreativas.
Um objetivo alcançado: A biblioteca formada.
Para o educador e assistente social do abrigo Josivaldo Barreto Reis, o projeto Pintando o Sete,traz mais oportunidades para os meninos. Josivaldo conta que quando os colaboradores apresentaram qual a dinâmica seria feita, todos ficaram curiosos. “A metodologia e os objetivos apresentados nos fez perceber como eles se empenham para ajudar. Percebemos que eles são parceiros que vieram nos ajudar a melhorar o desenvolvimento dessas crianças enquanto cidadãs.”
O educador diz que o empenho dos meninos foi de grande ajuda. “Já tínhamos a ideia de fazer uma biblioteca aqui. Os meninos do projeto se empenharam na arrecadação de livros e percebemos o compromisso que eles têm para com a gente. Se empenham para que os meninos aprendam mais, trazem novas ideias e algumas coisas aqui são inspiradas nos que eles trazem para cá.” Josivaldo relata que desde agosto de 2012, quando entrou na instituição, percebeu a deficiência dos meninos tanto na leitura como na escrita. “A metodologia deles é boa. As crianças ficam eufóricas quando eles chegam. Sempre trazem ideias bacanas que ajudam no processo de educação, como a importância da leitura.” 

Sonhos para o futuro
 É perceptível desenhos espalhados nas paredes da instituição além de uma pequena biblioteca bem organizada. Lorena conta que o que motiva é o espírito de mudança e vontade de expandir o projeto para outros locais. Não pretende sair do abrigo, apesar da ideia inicial que era mudar de abrigo todo mês, porém as crianças os cativaram e lhe deram mais vontade de levar o projeto a diante.
 “A primeira vez que fui lá, foi muito divertido. As crianças, em sua maioria, tinham a esperança de que outras pessoas chegariam lá para brincar com elas. Sempre quis trabalhar numa ONG, mas nunca achei uma que combinasse comigo.” Tiago completa “Acredito em mudanças no futuro. Sou otimista. As pessoas devem ir além e acreditar que tudo pode dar certo.”
Lorena pretende até o final de 2013 e tornar o projeto uma ONG com toda estrutura necessária. “Espero que o projeto se oficialize, se torne ONG e se estruture financeiramente. Assim poderemos fazer uma festinha no final do mês para as crianças e criaremos uma biblioteca maior, assim como outros projetos para elas.”, deseja Tiago. “A gente não tem aquela expectativa enorme. Estamos descobrindo tudo juntos.” finaliza Lorena. 

Texto de Luciana Nascimento

Edição de Leonardo Vasconcelos. 





Um comentário:

Anônimo disse...

Gente, que orgulho ver um texto tãaao lindo sobre nosso trabalho!!
Quase choro lendo coisas tão legais a respeito de um grupo tão especial e de nossos meninos.

Obrigada, Luciana e toda a equipe responsável.
Como sempre escuto, todo mundo pode mudar um pedacinho do mundo.

Beijo :)

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