Copa do Mundo mudou rotina de bares da capital

Os restaurantes e bares da capital que se prepararam para receber os jogos do Brasil, durante a Copa do Mundo FIFA, continuaram com as exibições dos jogos até o final do campeonato, porém, algumas decorações foram guardadas e as promoções especiais encerradas devido à eliminação da seleção brasileira. Antes do início dos jogos, bares como o Chopp 13, Labareda Grill, Ferreiro Grill, Última Sessão, dentre outros, se organizaram para receber centenas de torcedores. Por isso, foram armados diversos telões, decorações em verde-amarelo e algumas promoções foram mantidas para atrair os clientes.

Ainda quando o Brasil se fazia presente nos jogos, o Chopp 13, além de fantasiar todos os garçons, oferecia após os jogos da seleção, música ao vivo com o artista Fábio Lima e um buffet de feijoada carioca. Já o Labareda, que embalava os jogos ao som de samba, cobriu o bar com lonas para melhorar a visualização dos telões e ao final dos jogos realizava um sorteio no qual a mesa sorteada não pagava a conta. O Ferreiro Grill, segundo conta o gerente Glair Berte, aparentemente foi o único a relatar que o restaurante não saiu de sua rotina normal, ainda assim, uma rodada de chopp grátis era oferecida aos clientes para cada gol da Seleção Brasileira.

Todos estes artifícios atraíram uma média de 250 pessoas por jogo, segundo os números fornecidos pelos gerentes dos restaurantes. Uma quantidade suficiente para lotar muitos destes estabelecimentos e ter clientes à espera de uma mesa. Para evitar este transtorno, todos os bares trabalharam com reservas.

O público era variado e diferiu em sua faixa etária de um lugar para outro. Segundo Luismário Soares Medeiros, proprietário do Última Sessão, seu bar recebeu mais famílias e pessoas de diferentes idades, variando de 8 a 50 anos. “Para ver a Seleção Brasileira são muitas crianças, pais, jovens, moças e senhoras”, descreve Luismário.

Já nos demais bares, como o Chopp 13 e o Labareda Grill, foram os jovens que dominaram a média de público. “Gostamos mais do bar para reunir os amigos”, relatou Luciana Meneghesso enquanto aguardava o fatídico segundo tempo do jogo entre Brasil e Holanda. A única coisa em comum entre todos os bares era a presença da torcida feminina. Em todos os estabelecimentos, o número de mulheres foi superior ao de homens.

Quando perguntados se pretendiam assistir aos jogos da Copa no bar, mesmo com a saída do Brasil, os torcedores se mostraram relutantes. “Claro que pretendo vir mais vezes, mas ganhando, não é? Primeiro o Brasil precisa ganhar!”, brincou o comerciante Alberto Maia, antes de saber o resultado da eliminação do Brasil.

Com a saída da seleção após perder por 2 a 1 contra a Holanda durante às quartas-de-final da Copa, todos os bares encerraram suas promoções, mas ainda assim, receberam muitos clientes para assistir ao encerramento da competição. “Fizemos como em 2006. O bar só se desestrutura depois da Copa”, afirmou Luismário.

Por: Gustavo Costa