Volta dos radares em Aracaju

sábado, 10 de dezembro de 2011


Depois de denúncias feitas pelo programa Fantástico da Rede Globo no inicio do ano, o prefeito Edvaldo Nogueira resolveu cancelar os contratos com as empresas responsáveis pela fiscalização eletrônica em Aracaju, Eliseu Koop e Splice, mesmo não encontrando nada de ilegal com tais empresas.  Com isso, o Tribunal de Contas pegou todo o processo licitatório para analisar e apurar possíveis irregularidades, no entanto até o momento o Tribunal de Contas não deu respostas sobre o relatório, diz Sheila Vieira assessora especial da SMTT.  

A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito – SMTT está fazendo estudos e um novo edital para a contratação de empresas de fiscalização eletrônica. O retorno dos radares e lombadas eletrônicas só depende dos trâmites burocráticos.
Radar eletrônico em Aracaju
Desde a retirada dos radares, o número de acidentes no trânsito de Aracaju cresceu significativamente. Em pesquisa encomendada pela SMTT, fazendo um comparativo entre os meses de janeiro a agosto de 2010 e 2011, foi constatado que o número de acidentes cresceu de 995 para 1.371. Após os resultados da pesquisa a SMTT decidiu não mais esperar o parecer do Tribunal de Contas e vai contratar uma nova consultoria para fazer revisão no edital, agregando novas tecnologias para que as empresas possam concorrer à licitação.
Ainda segundo dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Aracaju, até junho de 2011, 1.147 veículos colidiram e 340 pessoas foram atropeladas. Em todo o ano de 2010, foram 760 colisões e 340 atropelamentos em Aracaju.

Enquanto a vigilância eletrônica não retorna, a fiscalização das vias urbanas está por conta dos agentes de trânsito, que estão nos pontos onde há maior incidência de acidentes como a Avenida Beira Mar, Tancredo Neves e Rodovia José Sarney. A SMTT contratou mais 50 agentes para completar o quadro do órgão, que agora dispõe de 122.
 As campanhas educativas também são uma “arma” contra a violência no trânsito da capital Sergipana. Uma dessas é a “A Vida Vale Mais”, que tem como objetivo sensibilizar a população quanto à necessidade do controle dos limites de velocidade, a liberação das calçadas e o respeito à faixa do pedestre, reduzindo os acidentes no trânsito e facilitando a mobilidade de pedestres e pessoas com deficiências.
De acordo com a SMTT, o limite de velocidade, a nova localização dos radares e valor das multas são informações que ainda não podem ser dadas, só após a conclusão dos estudos sobre o trânsito. 
De acordo com a Assessora Especial da SMTT, os estudos técnicos visam os locais de maior índice de acidentes antes e depois da retirada dos radares, onde há maior volume de veículos, condições das vias através da geometria, curvas, longas extensões, travessia de pedestre, ciclovias, tudo isso para que se possa implantar de forma correta os equipamentos.

A volta dos famosos “pardais” e lombadas eletrônicas divide opiniões entre a população aracajuana. “Não sou contra a fiscalização eletrônica, desde que seja instalada nos lugares necessários, com placas que indiquem a sinalização”, fala Edison Carvalho. Já o motorista Antônio Carlos diz que é uma vergonha essa fiscalização, só serve para multar os motoristas, é uma máquina de fazer dinheiro, enfatiza.

Recriminado por uns e defendidos por outros, o fato é que a fiscalização eletrônica coíbe os abusos no trânsito. “A fiscalização e a educação dos condutores são importantes aliados na garantia de um trânsito seguro”, finaliza Sheila Vieira, Assessora Especial da SMTT.

É provável que após os estudos, um novo edital para contratação de empresa de fiscalização eletrônica esteja na praça.


Por Luiza Cazumbá
Foto: Luiza Cazumbá
Edição: Samara Menezes

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